General Júlio César Arruda foi demitido por Lula no sábado (21.jan); caso envolve acusação de caixa 2 no governo Bolsonaro.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse no sábado (21.jan.2023) que o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agiu “com firmeza” em defesa da Constituição Federal. Lula demitiu o general Júlio César Arruda do cargo de comandante do Exército.
No Twitter, Gleisi declarou que o comportamento de Arruda “caracterizou insubordinação inadmissível perante ameaças à democracia e de partidarização” do Exército. “A democracia rejeita qualquer tutela sobre os poderes civis que emanam do voto popular. Crise haveria se o presidente Lula não tivesse atuado em defesa da Constituição”, escreveu.
A principal causa do desligamento de Arruda foi uma acusação de caixa 2 contra o tenente-coronel Mauro Cid durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo apurou o Poder360, o ex-comandante queria manter a nomeação do militar para comandar o 1° BAC (Batalhão de Ações de Comandos) em Goiânia (GO), a partir de fevereiro de 2023. Lula, por outro lado, queria que a promoção do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro fosse revogada por conta das acusações.
Na manhã de sábado (21.jan), Lula articulou a demissão de Arruda por telefone com o ministro da Defesa, José Múcio. Eram pouco mais de 6h da manhã e os 2 decidiram que o melhor a ser feito seria dispensar o até então comandante do Exército.
O ministro da Defesa não quis correr o risco de criar uma crise semelhante à que se formou por causa de acampamentos de extremistas em frente a QGs do Exército pelo país. Decidiu que deveria tomar uma atitude imediata por conta de uma resistência enxergada no comportamento do general Arruda.
Lula e Múcio se reuniram no início da noite de sábado (21.jan) para discutir o assunto. De acordo com o ministro, a troca no Exército veio depois de “uma fratura no nível de confiança”.
Múcio apresentou o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, de 62 anos, como substituto de Arruda no comando do Exército.
Fonte: Poder 360.