sábado, 24 de dezembro de 2022

Justiça ordena transferência de presos do Rio para presídio federal.

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    A Justiça Federal ordenou a transferência do miliciano Toni Ângelo Souza de Aguiar para o presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele cumpre pena de 66 anos de prisão por associação criminosa, receptação e extorsão na Cadeira Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu. Na decisão, a Justiça determinou que ele fique na penitenciária federal por um ano. Toni Ângelo é acusado pelo Ministério Público de, mesmo preso, tentar se aliar com grupos paramilitares pela disputa de território na Zona Oeste do Rio.

 

    Segundo o Ministério Público, informações de inteligência indicam uma possível aliança de Toni Ângelo; o miliciano Rafael Luz Souza, o Pulgão; e Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera. Eles estariam disputando o controle com o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, de bairros da Zona Oeste, como Santa Cruz e Paciência. Ainda segundo as investigações, a aliança ocorreu após a morte de Thiago Souza Aguiar, irmão de Tôni, que teria sido morto a mando da milícia a que Zinho integra.

 

    Esta será a terceira passagem de Toni Ângelo por um presídio federal. Em 2013 o miliciano foi levado para a Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná; depois transferido para a Penitenciária Federal em Porto Velho, em Rondônia. Antes de voltar ao Rio em 2021, permaneceu na Penitenciária Federal em Mossoró.

 

    "Vê-se que, de acordo com as informações trazidas pela origem, não restam quaisquer dúvidas da necessidade de providência por parte das autoridades, mediante o isolamento do apenado em estabelecimento penitenciário federal de segurança máxima, localizado distante do Estado de origem", escreve o juiz federal Walter Nunes da Silva Junior em sua decisão.


'Faraó' dos bitcoins também deve deixar o Rio.

 

    Glaidson Acácio dos Santos, o "faraó dos bitcoins", preso em Bangu, também deve deixar o Rio. O Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça abriu uma vaga para sua transferência a penitenciária de Catanduvas, no Paraná. Glaidson também é acusado de continuar a chefiar uma organização criminosa de dentro da cadeia.

 

    Para a transferência ser realizada, ainda é necessária a ordem do corregedor da penitenciária. A pedido do Ministério Público, a 1ª Vara Especializada em Crime Organizado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mais uma vez, ordenou a prisão preventiva de Glaidson, que já está no Complexo de Bangu desde agosto do ano passado, de Wagner Dantas Alegre, que se encontra foragido, e de outros 10 envolvidos. Eles são acusados de homicídios, extorsões e ameaças, além de corrupção, para eliminar a concorrência e garantir o monopólio na exploração de pirâmides financeiras em Cabo Frio e cidades vizinhas da Região dos Lagos.

 

    O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu, na última sexta-feira, o habeas corpus à venezuelana Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins. Mirelis possui dois mandados de prisão desde 25 de agosto de 2021, quando foi desencadeada a operação Kriptos. Ao lado do marido, ela foi acusada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins. Atraídos pela promessa de lucro mensal de 10% sobre os valores aportados, cerca de 278 mil pessoas investiram um total de R$ 10 bilhões no esquema, segundo dados do cadastro de clientes lesados.

 

Fonte: Jornal Extra.

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