sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Copa do Mundo: repórter assaltada no Qatar recebe resposta inusitada da polícia.

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    Jornalista Dominique Metzger foi assaltada durante uma transmissão ao vivo na Copa do Qatar. Mas o que mais surpreendeu foi a resposta que ela recebeu da polícia do país sobre o incidente.

 

    A repórter Dominique Metzger, da emissora argentina TN Sports, teve a carteira roubada durante uma transmissão ao vivo na cobertura da Copa do Mundo. Mas o que mais surpreendeu foi a resposta que ela recebeu da polícia do país sobre o incidente.

 

    Os policiais disseram para a jornalista que a área onde ela estava tinha vigilância de câmeras e que logo identificariam o culpado. O inusitado é que as forças de segurança do Qatar falaram para Dominique que ela poderia escolher a punição que o autor do crime sofreria.

 

    “Eles me disseram: ‘Vamos encontrar a carteira, temos câmeras em todos os lugares e vamos encontrar o ladrão com tecnologia de reconhecimento facial. O que você quer que o sistema de justiça faça com eles quando forem encontrados?'”, começou a jornalista. E continuou:

     

    “Eu pensei ter entendido mal a tradução, mas não: ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão, se eu queria que ele fosse condenado a 5 anos de prisão, se eu queria que ele fosse deportado”, relatou a jornalista. “Eu disse a eles que só quero minha carteira de volta, não vou tomar uma decisão pelo sistema de justiça”, completou.

 

Polêmicas na Copa do Qatar

 

    A Copa do Mundo no Qatar traz à tona algumas importantes contradições no relacionamento entre países. A escolha da FIFA em realizar o mundial no Qatar foi tratada como polêmica desde que o anúncio foi feito há 12 anos. A decisão se baseou na argumentação de que o mundial deveria ser disputado em uma região que nunca havia sediado o evento antes.

 

    O Qatar levou porque, no final das contas, apresentou um plano bilionário de investimento para adequar a Copa num ambiente que não possui tradição em sediar eventos multiculturais como a Copa do Mundo. Esse acaba sendo um dos principais problemas.

 

    O Qatar não tem leis que garantam igualdade de tratamento entre homens, mulheres, homossexuais e imigrantes levados ao país para colaborar na construção da infraestrutura necessária para realizar o maior evento esportivo do planeta.

 

    Nem mesmo os Jogos Olímpicos despertam as paixões que vimos ao longo da história das Copas do Mundo. Assim, o fato de um país que exibe uma infraestrutura do futuro, misturado a interpretações históricas e sociais do passado, faz com que o Qatar não seja o país ideal para sediar a Copa.

 

    O noticiário nos próximos 30 dias vai se revezar entre resultados dos jogos e demonstrações de como o Qatar não é um país adepto ao nosso entendimento de Direitos Humanos. Isso tem uma importância grande de conscientização. É importante que o mundo entenda que a sede da Copa não divide os mesmos valores de inclusão, igualdade e respeito ao próximo, que foram os elementos-chave de inspiração para a criação da própria FIFA.

 

Fonte: Pragmatismo Político.

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