quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Militares não encontram fraudes na eleição e Bolsonaro impede divulgação de relatório.

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    Militares não encontram fraudes nas urnas eletrônicas e Bolsonaro manda esconder relatório. TCU cobra a divulgação do documento.


    A fiscalização realizada pelas Forças Armadas no processo de votação organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não encontrou nenhuma irregularidade nas eleições durante o primeiro turno.

 

    As conclusões do trabalho não foram apresentadas ao público, mas foram descritas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Ministério da Defesa. O presidente, porém, não autorizou a divulgação dos resultados, segundo relatos feitos por dois generais do alto comando.


    De acordo com o relato, ao ser informado das conclusões do trabalho – que avaliou uma amostra de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos – o presidente da República disse que os militares deveriam se esforçar mais, porque as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto.

 

    Bolsonaro tem repetidamente lançado suspeitas de fraudes nas eleições e nas urnas eletrônicas, sem apresentar provas.


    Logo após o final da apuração dos votos no primeiro turno, ele afirmou que sua conclusão sobre a segurança do sistema de votação das urnas eletrônicas seria dada pelo parecer da Defesa.

 

    Mas, ao ser informado das conclusões do trabalho, o presidente determinou que fosse feito um “relatório completo”, incluindo o segundo turno, porque o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significava que não haveria problemas na segunda etapa.

 

    Sem o tal relatório completo, decretou Bolsonaro, não deveria haver nenhuma divulgação de conclusões.

 

TCU cobra relatório do Ministério da Defesa

 

    Tribunal de Contas da União encaminhou um despacho ao Ministério da Defesa para que o governo Bolsonaro compartilhe uma cópia dos resultados da auditoria promovida por militares nas urnas eletrônicas no domingo 2, dia do primeiro turno das eleições.

 

    O ministro Bruno Dantas, presidente em exercício do TCU, acolheu um pedido do subprocurador-geral do Ministério Público junto à Corte, Lucas Rocha Furtado. O despacho, assinado no domingo 9, foi divulgado na segunda 10.

 

    Segundo Furtado, as informações das Forças Armadas são imprescindíveis “para a completude do trabalho de auditoria” do próprio TCU, considerando o “acompanhamento da atuação de agentes chaves que de alguma forma participem do processo eleitoral”.

 

Fonte: Pragmatismo Político.

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