sábado, 29 de outubro de 2022

Genro de Sílvio Santos: Fábio Faria diz se arrepender por levantar suspeitas sobre inserções em rádios.

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    O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta sexta-feira (28) que se arrependeu de ter levantado suspeitas sobre falhas nas inserções em emissoras de rádio após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) usarem o tema para pedir o adiamento das eleições. Na segunda (24), Faria e Fabio Wajngarten, o coordenador de comunicação da campanha, convocaram uma coletiva de imprensa para apresentar denúncias sobre as supostas irregularidades.

 

    A campanha de Bolsonaro protocolou uma ação sobre o caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Entrei nesse tema para resolver inserção via inserção, para tentar mediar um acordo entre o TSE e a campanha. Quando esse assunto escalou, eu saí. Eu me arrependi porque o assunto escalou. Se fosse o tema só a inserção, tudo bem. Mas como entraram em outro assunto. Ele não escalou só por isso [inserções], escalou pela denúncia do funcionário do TSE e pediram adiamento [das eleições], disse Faria ao jornal O Globo.

 

    O ministro se referiu à exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, responsável por inserções da propaganda eleitoral. Entretanto, o TSE afirmou que a exoneração de Machado foi motivada por “indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas”.

 

    Mais cedo, Faria afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que o erro foi do partido, o PL, ao não perceber as falhas, e não do TSE. O presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, negou prosseguimento à ação por falta de provas contundentes. "A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto", disse Faria à Folha.

 

    O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) falou sobre o adiamento da eleição para que o presidente tenha direito de resposta sobre o suposto prejuízo na campanha. "Isso já está ferindo a democracia. Se fossem dados todos os direitos de resposta a Jair Bolsonaro, seria tanto tempo que seria necessário adiar essa eleição", disse Eduardo, em entrevista à BNews TV, da Bahia.

 

    "Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar", afirmou Faria. "Isso prejudicaria o presidente Bolsonaro, que nunca defendeu o adiamento das eleições. Ele nunca quis isso", completou.

 

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou nesta sexta-feira (28), por unanimidade, um pedido conjunto feito pelos advogados das campanhas de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para desistência de direitos de resposta que ainda estão pendentes de julgamento ou que ainda não foram veiculados na TV. Durante sessão extraordinária realizada no início da noite, os advogados das campanhas informaram que desistiram dos pedidos relacionados a inserções no horário eleitoral gratuito na televisão, que termina hoje.

 

    Na avaliação do advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante da coligação Pelo Bem do Brasil, formada para apoiar a candidatura à reeleição de Bolsonaro, com o término do horário eleitoral a eventual exibição de direitos de resposta no sábado (29), véspera da eleição, poderia trazer gastos aos cofres públicos e não seria interessante para a campanha.

 

    Segundo Carvalho, estavam pendentes de julgamento 56 processos sobre direito de resposta envolvendo a coligação de Bolsonaro e 31 da coligação de Lula. “A abertura de cadeia extraordinária para veiculação dessas respostas em TV submeteria o eleitor a um material publicitário pouco prepositivo, ligado à resposta a ofensas e desinformação”, afirmou.

 

    Para o advogado Eugênio Aragão, representante da Coligação Brasil da Esperança, que apoia o candidato Lula, a desistência dos processos serve para resolver o conflito judicial sobre o direito de resposta televisivo e "tranquilizar o final de campanha". "Para tranquilizar esse final de campanha, a melhor coisa seria abrirmos mão reciprocamente de todos esses processos que estão na pauta de hoje e, com isso, encerrar essa contenda”, afirmou Aragão. Com informações da Agência Brasil.

 

Fonte: Gazeta do Povo.

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