Em tempos difíceis, de agressões, preconceitos e falta de humanidade, o esporte trouxe mais uma notícia para vencer a desesperança. A Confederação Brasileira de Vôlei anunciou que clubes perderão pontos em casos de discriminação.
A CBV anunciou, na última sexta-feira, que os clubes que disputam a Superliga serão punidos caso não tomem medidas em caso de discriminações - raça, gênero, orientação sexual, religião, pessoa idosa ou com deficiência).
De acordo com a entidade, as medidas valem para todos: torcedores, atletas, treinadores, dirigentes e membros das comissões técnicas. Quem vai confirmar a decisão do caso será o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Recentemente, em agosto desse ano, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também propôs a perda de pontos para atos discriminatórios no futebol. Como deve ser, a questão será discutida pelos clubes para ser aprovada.
Ou seja, o caminho ainda é longo, mas o esporte cada vez mais se convence de que ele não se afasta do direito, e o direito tem como base a proteção de direitos humanos.
O processo de construção de uma política global de Direitos Humanos começa a ganhar força com a Revolução Francesa e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que tinha como cerne princípios de liberdade e igualdade para os homens. Mas foi depois das atrocidades da Segunda Guerra Mundial e a consequente criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, que surgem órgãos e instâncias internacionais voltadas à proteção dos Direitos Humanos.
O principal avanço ocorre com a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) em 1948, que estabelece o caráter universal desses direitos. Depois disso, com o surgimento de um Sistema Internacional de Proteção a Direitos Humanos, vários tratados e convenções internacionais que atacam a discriminação por cor, raça, credo, religião, sexo, opção sexual?. foram celebrados e ratificados por centenas de países, inclusive o Brasil. Ou seja, eles foram internalizados pelo país, ganham força de lei. Em 2005, a Resolução A/60/L.1 da ONU, seguia na linha de colocar o esporte como promotor de paz e desenvolvimento. E, claro, como vetor de integração social.
Fonte: Uol.