Na noite de segunda-feira (22), durante entrevista ao Jornal Nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mentiu aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos a respeito de temas como a pandemia de Covid-19, urnas eletrônicas, sistema eleitoral, os ataques a ministros do STF, desmatamento na Amazônia e Auxílio Brasil.
Ele disse que a esquerda não aprovou os benefícios sociais, inventando que os partidos de oposição se manifestaram contra a elevação do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. Na verdade, os parlamentares foram contra o esquema do governo, que tinha como objetivo elevar o gasto com o programas sociais, criando um estado de emergência no país para driblar regras fiscais e eleitorais.
Além disso, os partidos PSOL e PSB sugeriram que os valores fossem permanentes. O objetivo era retirar o prazo anterior, que iria até dia 31 de dezembro, tornando o benefício permanente.
“Nós queremos um programa permanente, com orçamento, com receita. Queremos um programa permanente de 4 anos e queremos que o piso da transferência de renda seja de 600 reais, mas para aquela família que mora com os avós e para aquela família que tem 3 ou 4 filhos, esse valor tem que ser piso, e não teto” afirmou o líder do PT, Reginaldo Lopes (PT-MG) na época.
Entretanto, as propostas foram rejeitadas e a PEC foi aprovada com o prazo do beneficio só até dezembro. Já o líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), pediu que os deputados rejeitassem as mudanças.
“Nós estamos pedindo, neste momento, nesses destaques, um olhar para a responsabilidade fiscal, para o momento em que devemos discutir este tema de manter o valor do Auxílio Brasil mais elevado, portanto, fora da emergência, porque tornar o programa permanente seria tornar a emergência permanente, o que não é razoável, e a discussão disso dentro da perspectiva da responsabilidade fiscal, dos limites orçamentários, da nossa capacidade de atender o anseio da população brasileira e, especialmente, de ampliar o acesso das pessoas ao Auxílio Brasil”, declarou o parlamentar.
Fonte: Diário do Centro do Mundo.