segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Bolsonaro ataca Lula e STF em discurso alarmista e eleitoreiro a banqueiros.

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     O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse hoje (8), em discurso a banqueiros, que não vai assinar "cartinha pela democracia", e fez diversos ataques ao principal adversário na eleição de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

    O candidato à reeleição também recusou acusações de que teria tido posicionamentos autoritários desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, e redirecionou a crítica ao comando do Judiciário brasileiro, em especial ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele relembrou o episódio da condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) —e que ficou livre depois de ser agraciado com perdão presidencial.

 

    Em tom alarmista e eleitoreiro, Bolsonaro afirmou mais uma vez considerar que a esquerda é responsável pelo fracasso econômico de países vizinhos, e disse que, se Lula voltar ao poder, "em pouco tempo estaremos no trenzinho" encabeçado por Cuba, Venezuela, Argentina, entre outros.

 

    O chefe do Executivo participou hoje de um almoço na Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em São Paulo, junto aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil). Ele encerrou o discurso no evento com um pedido: para que os banqueiros "julguem" o governo de acordo com as suas "ações".

 

"Assinar cartinha? Não vou assinar cartinha", emendou.

 

    Bolsonaro também perguntou aos banqueiros se "eles recontratariam um empregado que foi preso no passado" —em referência à candidatura de Lula, que chegou a cumprir pena em razão de condenações na Lava Jato, porém o processo foi considerado irregular em análise posterior do STF.

 

    De acordo com as pesquisas de opinião realizadas até o momento, o petista é tido como favorito na disputa e tem chances de vencer já no primeiro turno.

 

    "Estão com saudade do quê? Da festa de antigamente, onde valia tudo?", indagou Bolsonaro. Lula foi presidente da República entre 2003 e 2010.

 

    Em 2014 e 2015, perdemos 3 milhões de empregos. Qual foi a crise? Alguém lembra? Crise da corrupção. Alguns querem voltar issoJair Bolsonaro.

 

    Durante a agenda na Febraban, o candidato à reeleição também pediu que os bancos ofereçam crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, programa assistencial criado pelo governo para transferir renda às camadas desfavorecidas —e aprovado em ano eleitoral.

 

    "Agora, faço um apelo para vocês: vai entrar o pessoal do BPC [Benefício Prestação Continuada] no empréstimo consignado. Isso é garantia, desconto em folha. Se puderem reduzir o máximo possível... Porque ainda estamos atravessando, estamos no final da turbulência para que todos nós possamos cada vez mostrar que o Brasil não é mais um país do futuro, é do presente. Os números estão aí, números fantásticos. Feitos por quem? Pelo nosso governo e por vocês também."

 

    A possibilidade de concessão de empréstimos consignados a famílias inscritas no programa social do governo foi criada por uma medida provisória aprovada pelo Congresso e sancionada na semana passada. A lei autoriza que os valores referentes ao crédito solicitado sejam descontados dos repasses mensais do benefício.

 

Fonte: Uol.

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