quinta-feira, 7 de julho de 2022

Parlamentares dos EUA ameaçam cortar ajuda ao Brasil se militares interferirem nas eleições.

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    O Secretário de Estado dos EUA deve entregar um relatório sobre a interferência das Forças Armadas Brasileiras nas eleições para analisar se tais atos equivalem ou não a um golpe.

 

    Os constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao sistema eleitoral brasileiro refletiram não apenas no Brasil, como respingaram  também nos Estados Unidos. Após as ameaças de um possível golpe feitas por militares e ministros do governo caso outro nome vença as eleições para a presidência em 2023 – e que pioram cada vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre nas pesquisas – o congresso dos EUA resolveu agir. É o que denuncia o site Brasil Wire, que cobre a política americana, sob o ponto de vista brasileiro.

    Os parlamentares estadunidenses emitiram uma emenda no orçamento de defesa do país, que diz que a ajuda dos Estados Unidos ao Brasil depende de seu comportamento nas eleições, e se os militares brasileiros irão interferir ou não no processo eleitoral neste ano.


    A emenda 893, intitulada como ”Neutralidade das Forças Armadas Brasileiras Durante as Eleições Presidenciais”, exige que em um prazo de 30 dias para a sua aprovação, o Secretário de Estado dos EUA deve entregar um relatório sobre a interferência das Forças Armadas Brasileiras nas eleições de outubro de 2022, para analisar se tais atos equivalem ou não a um golpe – o que, no último caso, faria com que o Brasil fosse cortado do orçamento de ajuda.

 

    No documento, é considerada como interferência: interferir, parar ou obstruir a votação, operações de contagem ou eleitorais por autoridades eleitorais independentes, manipular, procurar manipular ou derrubar resultados das eleições, envolver-se em esforços coordenados de informação ou comunicação para minar a fé popular e confiança em autoridades eleitorais independentes ou questionar a validade dos resultados eleitorais, usar mídias sociais ou outros sistemas de comunicação de massa, incluindo aplicativos de mensagens móveis, para tentar influenciar opiniões generalizadas sobre a validade dos resultados eleitorais ou com relação à conveniência de qualquer resultado específico, incentivar, incitar ou facilitar atividades ou contestações físicas de motim em relação a processos eleitorais, apurações eleitorais ou resultados eleitorais, antes e depois das eleições presidenciais.

 

    A intenção é ter um compromisso do presidente Joe Biden sobre o tema para evitar um golpe de estado no Brasil. Em tese, a emenda diz que, a ajuda financeira da Defesa americana tem esses condicionantes e se, os militares fizeram algo disso, a ajuda é cortada. Trata-se de um Projeto de Lei que será votado até outubro, quando haverá a votação no Congresso de todo o orçamento americano. Como os democratas atualmente são maioria, a tendência é de aprovação.

 

Fonte: Diário do Centro do Mundo.

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