terça-feira, 26 de julho de 2022

O que diz a carta assinada por empresários e banqueiros contra os ataques de Bolsonaro.

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    Um grupo de empresários e banqueiros influentes no mercado financeiro brasileiro decidiu, na segunda-feira 25, aderir a uma nova carta aberta de apoio às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral. O texto, divulgado pelo site Poder360, foi gestado na Faculdade de Direito da USP e traz, além da defesa das eleições, duras críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, que insistem em ataques à Democracia e à Justiça Eleitoral.

 

    A íntegra do documento, que será oficializada no dia 11 de agosto em um evento em São Paulo, conta com assinaturas de nomes como os banqueiros do Itaú Unibanco, Roberto Setubal e Cândido Bracher, além de empresários como Walter Schalka, da Suzano, e Pedro Passos e Guilherme Leal, que comandam a Natura. Juristas, personalidades política e ex-ministros dos governos tucanos também estão entre os signatários.

 

    No texto, o grupo pede que, ‘independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um’, todos defendam a democracia e o resultado das urnas eletrônicas. A posição é uma resposta direta a Bolsonaro, que tem insinuado não aceitar o resultado em caso de derrota para o ex-presidente Lula (PT). Aos que defendem as medidas de ruptura propagadas pelo presidente, a carta diz:

 

    “No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.”

 

    O grupo se classifica ainda como uma ‘vigília cívica em defesa do Estado Democrático de Direito’ e diz que os ataques de Bolsonaro às urnas seriam ‘infundados’ e suas ameaças golpistas ‘intoleráveis’.

 

    “Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”, denunciam os signatários.

 

    A carta ainda compara o momento brasileiro ao cenário de caos vivido em janeiro de 2020 nos Estados Unidos, quando um grupo de extrema-direita, liderado pelo ex-presidente Donald Trump, invadiu o Capitólio. As investigações apontam que a ação do republicano foi uma tentativa de golpe. Naquela ocasião, Trump, assim como Bolsonaro, também colocava em xeque o sistema eleitoral norte-americano e questionava a sua derrota para Joe Biden.

 

    O documento ainda faz menção ao momento de violência política que se instalou no Brasil. Ele diz que, em vez de ataques, deveríamos estar presenciando ‘uma festa cívica’. “Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os várrios projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.”

 

Fonte: Carta Capital.

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