"Nós somos a maioria, nós somos do bem, nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade, pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez", disse Bolsonaro, no ginásio do Maracanãzinho, localizado na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.
Novamente, a pauta da manifestação deve ser contrária aos ministros do Supremo, como aconteceu nos ato de 2021.
"Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o poder Executivo e o poder Legislativo. Todos têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Interessa para todos nós. Não queremos o Brasil dominado por outra potência. O que nós queremos é paz e tranquilidade, respeito à Constituição", completou o presidente na convenção nacional do PL, que incluiu vaias dos bolsonaristas ao Supremo Tribunal Federal.
Assim que citou a suprema corte, bolsonaristas reunidos no ginásio puxaram uma vaia. “Supremo é o povo”, gritaram.
7 de setembro
No último ano, a manifestação bolsonarista no Dia da Independência reuniu apoiadores do presidente nas principais capitais brasileiras e no Distrito Federal (DF). Em Brasília, houve tentativas de invasão à sede do Supremo, na Praça dos Três Poderes, e declarações de Bolsonaro garantindo que não respeitaria mais as decisões do ministro Alexandre de Moraes.
O tom ameaçador das declarações do presidente da República abriu uma crise entre os Poderes, que só foi amenizada após a carta publicada por Bolsonaro pedindo 'desculpas' pelos ataques à democracia. Ele disse que agiu no "calor do momento".
O ex-presidente Michel Temer (MDB) ajudou Bolsonaro a redigir o documento e intermediou uma conversa entre o chefe do Executivo e o ministro Alexandre de Moraes. Moraes era ministro da Justiça do governo Temer e foi indicado pelo ex-presidente para substituir Teori Zavascki na corte do STF.
Fonte: Estado de Minas.