Parte do teto do Hospital Municipal
de Paraipaba desabou na madrugada desta segunda-feira, 9, atingindo uma
paciente. A vítima, Tereza de Araújo Freire, de 84 anos, estava internada na
unidade e foi socorrida por uma equipe médica do próprio hospital, no entanto,
não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
A Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que equipes da Polícia Militar do
Ceará (PMCE) foram acionadas para atender a uma ocorrência de desabamento com
vítima e que uma equipe da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) compareceu
ao local, onde foram coletados indícios que subsidiarão as apurações. O órgão
que segue à frente das investigações do caso é a Delegacia Municipal de
Paraipaba.
Em nota, a Prefeitura de
Paraipaba informou que "está empreendendo todos os esforços legais visando
à apuração e responsabilização pelo incidente", além de prestar apoio aos
familiares da vítima.
De acordo com a
prefetura, o hospital foi reinaugurado em 14 de agosto de 2020, após reforma de
toda a estrutura.
O POVO tentou entrar em contato com a diretora do Hospital Municipal de
Paraipaba, Eveline Batista, no entanto, até a publicação desta matéria, não
obteve retorno.
"Minha avó era uma mulher extraordinária"
Mateus Pinheiro, neto da
paciente vítima do desabamento, conta que a avó estava internada desde a última
sexta-feira, 6, após ter falta de ar e saturação baixa. Porém, no fim de
semana, ela já estava em observação e apresentava estabilidade.
Em entrevista ao O POVO,
Mateus disse que a estrutura do local tinha infiltração e até presença de
ratos. A família diz que não teve retorno do hospital.
“Após o acontecido,
parecia que não tinha administração no hospital. Não teve nenhum suporte à
família. Só o médico que foi fazer a cirurgia, e quando ele voltou foi com o
atestado de óbito. Estamos abalados. Nunca imaginávamos que poderia acontecer.
Sobretudo porque caiu somente em cima da minha avó”, disse.
A senhora Tereza de
Araújo Freire, de 84 anos, era avó de cinco netos e mãe de cinco filhos. “Minha
avó era uma mulher extraordinária, ajudava bastante as pessoas e sempre era
solidária com todos. Era alegre, principalmente quando a família toda se reunia
para estar ao lado dela, todo mundo a amava”, pontuou Mateus.
Conforme o neto, agora,
após o ocorrido, a família pretende proceder conforme a lei. “Buscaremos o
direito e vamos lutar para que isso não ocorra com mais ninguém”, declarou. (Bruna
Lira)
O POVO