sexta-feira, 13 de maio de 2022

Ceará registra 3,6 milhões de pessoas fora da força de trabalho no primeiro trimestre

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Taxa de desocupação do Ceará fica em 11% entre janeiro e março de 2022, com 3,6 milhões de cearenses fora da força de trabalho. Os dados fazem parte da divulgação trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 13 de maio.

 

Conforme a pesquisa, existem 7,4 milhões de pessoas com idade e condições aptas ao trabalho no Estado. Destas, apenas 3,8 milhões encontram-se dentro da força de trabalho, grupo que desenvolve algum tipo de atividade econômica, seja no mercado formal ou informal.

 

No Estado, 1,5 milhão de pessoas desenvolvem algum tipo de atividade econômica no setor privado. Destas, 846 mil trabalham com carteira assinada, o que representa apenas 25,53% do total de trabalhadores cearenses em atividade nos três primeiros meses do ano.

 

Antes da pandemia, no primeiro trimestre de 2020, o número de trabalhadores com carteira assinada no Ceará era de 965 mil, um ano depois, entre janeiro e março de 2021, chegou a 737 mil. Além disso, no dia 19 de abril, O POVO revelou com exclusividade que o Ceará registrou, em fevereiro deste ano, um número maior de dependentes do Auxílio Brasil do que de profissionais com carteira assinada.

 

Neste cenário, a taxa de ocupação da população em idade apta ao trabalho no Ceará é de 45,4%. Isso significa, que menos da metade daqueles em condições de trabalhar estão desenvolvendo algum tipo de atividade econômica. No comparativo com o trimestre imediatamente anterior, a taxa de desocupação do Estado reduziu 0,1 ponto percentual. Ao todo, Estado apresenta ainda 448 mil empregados no setor público e 419 mil cearenses sem nenhum tipo de ocupação.

 

População empregada no Ceará reduz em 2022

Entre o último trimestre do ano de 2021 e o primeiro trimestre deste ano, a população ocupada no Ceará enfrentou redução de 3,9%, conforme revela o IBGE. Tal percentual representa que 184 mil pessoas perderam seus respectivos empregos ou atividades de trabalho no referido período.

 

“Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. Este trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, afirma Helder Rocha, supervisor da disseminação das pesquisas.

 

Pelo cenário apontado na pesquisa, além das demissões sazonais, no primeiro trimestre de 2022, menos pessoas procuraram emprego no Ceará. Nesse contexto, a estabilidade na taxa de desocupação não necessariamente representa uma melhora na oferta de postos de trabalho no Estado.

 

A taxa de desocupação é a menor para um trimestre encerrado em março desde 2016, quando foi registrado índice de 10,9%. Porém, conforme avaliam analistas do IBGE, a estabilidade da taxa de desocupação no primeiro trimestre deste ano é explicada pelo fato de não ter sido registrado um crescimento na busca por realocação no mercado de trabalho.


A VOZ DE SANTA QUITÉRIA

 

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