O trabalhador fortalezense comprometeu, em março de
2022, 56,64% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para
uma pessoa adulta. Além disso, o conjunto dos 12 produtos essenciais teve, em
Fortaleza, o preço mais alto do Nordeste.
O cálculo do gasto com os alimentos compara o custo
da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à
Previdência Social (7,5%).
Levantamento é da
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgado nesta quarta-feira,
6, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese).
Os dados mostram que, em
março, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em todas as
capitais pesquisadas.
Rio de Janeiro (7,65%),
Curitiba (7,46%), São Paulo (6,36%) e Campo Grande (5,51%) lideraram as altas
do conjunto de 12 produtos básicos. A menor variação foi em Salvador
(1,46%).
São Paulo foi a capital
onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 761,19) em março, seguida pelo Rio de
Janeiro (R$ 750,71), Florianópolis (R$ 745,47) e Porto Alegre (R$ 734,28).
No Norte e Nordeste, onde
a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores
médios foram registrados em Aracaju (R$ 524,99), Salvador (R$ 560,39) e Recife
(R$ 561,57).
Porém, em 12 meses, todas
as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 11,99%,
em Aracaju, e 29,44%, em Campo Grande.
Mas, considerando apenas
Nordeste, Fortaleza tem o valor da cesta mais alto (R$ 635,02), ficando bem acima dos outros
locais pesquisados. Em seguida vêm Natal (R$ 575,33), João Pessoa (R$
567,84), Recife (R$ 561,57), Salvador (R$ 560,39) e Aracaju (R$ 524,99).
O POVO