O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
acertou nesta segunda,7 a filiação ao PSB com o objetivo de ser o vice na chapa
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República nas
eleições deste ano, afirmou o presidente do partido, Carlos
Siqueira. “Ficou acertado que ele entra no PSB, só falta agora a data da
filiação. A conversa foi excelente”, disse o presidente da sigla, em entrevista
ao G1.
Segundo Siqueira, o
acordo foi fechado em reunião de ambos e contou também com a presença do
ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), do prefeito de Recife, João
Campos (PSB), e do presidente do diretório paulista do PSB, Jonas Donizette.
Siqueira afirmou ainda
que, independentemente de uma possível federação com o PT, Alckmin irá para o
PSB e, se Lula oficializar sua candidatura ao Planalto, o ex-governador de SP
será seu vice. “Ele vai ser o vice se Lula confirmar o convite. No PSB, está
acertada a sua filiação”.
O ex-governador se
desfilou do PSDB em 2021, momento em que já estava em negociação para integrar
chapa com Lula nas eleições. A possível aliança entre os dois
ex-adversários políticos começou a ser aventada em dezembro de 2021 e ganhou
força após um encontro de ambos.
Dada como praticamente
fechada dentro da cúpula do PT, a aliança é tida por líderes como uma forma
moderar o discurso e de aproximar o partido do centro. Já para os aliados de
Alckmin, a aliança representa a recuperação do capital político que o ex-tucano
acabou perdendo nas últimas eleições.
Nos bastidores, petistas
e o entorno de Alckmin já trabalham na construção de um cronograma de funções
para o ex-tucano dentro da campanha presidencial e para um eventual governo a
partir de 2023. Para o PT, além de uma proximidade com o centro, a aliança com
Alckmin é uma forma de o partido recompor com setores como o do mercado
financeiro e com o agronegócio, por exemplo.
O POVO