O Ceará possui 11 pacientes em UTIs
e 35 em apartamentos/enfermarias infectados pela influenza. Os dados foram
divulgados nessa quinta-feira, 6, pelo presidente da Associação dos Hospitais
do Estado do Ceará (AHECE), Aramicy Pinto. O presidente ressalta que a
população está agindo bem em procurar unidades de saúde logo nos primeiros
sintomas da doença, além de realizar testes para identificar o tipo de vírus.
Em conversa com a jornalista Rachel
Gomes, na rádio O POVO CBN, o gestor também fez um balanço dos casos de Covid-19 na rede
particular de saúde. "Somos oito hospitais, onde seis pacientes estão
internados na Unidade de Pronto Atendimento (UTI) e sete estão em
apartamentos/enfermarias em decorrência da Covid-19", expõe.
Os dados de casos positivos e de altas hospitalares
da rede particular de saúde do Ceará são fornecidos diariamente para a
Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Segundo Aramicy, que é especialista
em análises clínicas, os pacientes acometidos com casos mais graves de
influenza ficam, em média, quatro dias internados.
Já para os casos leves e moderados, o gestor alerta
para o uso de remédios com o intuito de aliviar os sintomas gripais. Nessas
circunstâncias, é fundamental que o medicamento seja originalmente formulado
para tratamento de síndromes gripais, de preferência orientados por um
profissional da saúde.
Nesses casos, os atendimentos virtuais podem ser
alternativas para quem não pode ou prefere evitar o ambiente hospitalar.
"O que a gente tem observado muito é a automedicação. Se a pessoa procurou
atendimento virtual nos primeiros sintomas, então vai ter uma orientação mais
precisa. Se persistirem os sintomas, como exemplo da tosse se tornar cheia, a
pessoa tem que ir na emergência, porque talvez seja necessário fazer testagem
para saber o que está acontecendo", explica.
De acordo com o presidente da AHECE, aqueles que
estão com o esquema vacinal completo são menos propensos a manifestar a forma
grave da doença. "Estando imunizado, você vai dificultar a vida do vírus.
Você pode até se contaminar, mas terá sintomas leves, podendo ser até tratado
em casa, pois cada caso é um caso", esclarece. "Tem muita gente
que não tomou vacina nenhuma e outros que só tomaram uma dose e não foram procurar
os locais para tomar a segunda."
Apesar do aumento dos casos de
Influenza e de Covid-19, Aramicy se mostra esperançoso frente ao cenário
epidemiológico no Estado. "Acho que daqui a sete dias, passado o episódio
do Réveillon, teremos um enfraquecimento desse vírus. Vamos torcer para que
isso aconteça", completou.
O POVO