sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Justiça manda suspender investigação contra Wesley Safadão por furar fila da vacina contra a Covid-19

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O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) mandou suspender a investigação criminal tocada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) que apura a vacinação irregular do cantor Wesley Safadão; da esposa, Thyane Dantas; e da produtora dele, Sabrina Tavares.

 

A decisão foi determinada pela desembargadora Francisca Adeline Viana, após a defesa do trio entrar com um habeas corpus pedindo o trancamento da investigação.

 

Na prática, o Ministério Público está proibido de avançar na investigação contra os três ou até mesmo fazer qualquer "ato persecutório", como apresentar uma denúncia.

 

 A magistrada justificou que o mérito do caso deve ser analisado pela 2ª Câmara Criminal, que reúne quatro desembargadores, e vai decidir se tranca o processo definitivamente ou não. Até lá, o procedimento está suspenso.

 

"Tenho por bem DEFERIR o pleito liminar, para determinar a suspensão parcial do PIC, ou seja, tão somente no que se refere aos pacientes [Safadão, Thyane Dantas e Sabrina Tavares], determinando que as autoridades impetradas se eximam de praticar atos persecutórios em relação aos mesmos", escreveu a desembargadora.

 

O habeas corpus tramita em segredo de justiça. O advogado dos três argumentou que há "abuso no exercício da pretensão executória" por parte do Ministério Público, pois o caso é atípico e não há justa causa para a investigação.

 

A suspensão do procedimento, porém, não alcança os demais investigados, que atuavam como servidores do município ou prestavam serviços durante a vacinação.

 

Trio negou acordo com o MP

Wesley Safadão, Thyane Dantas e Sabrina Tavares negaram um acordo ofertado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) para que a investigação aberta contra eles por furarem a fila da vacina contra a Covid-19 fosse encerrada. O acordo previa o pagamento de 360 salários mínimos, quase R$ 1 milhão, para os três somados.

 

 Caso tivessem aceitado, eles teriam que se declarar culpados e, em contrapartida, o Ministério Público se eximiria de apresentar denúncia e fecharia a investigação contra os três.

 

O cantor Wesley Safadão afirmou, em publicação nas redes sociais, o motivo de não aceitar o acordo.

 

"Ontem tivemos mais um capítulo da história da vacina, tivemos uma reunião ontem pela manhã, com Ministério Público e infelizmente não chegamos a um acordo por dois motivos: 1- Queriam que eu me declarasse culpado; 2 - Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor", escreveu o cantor.

 

Wesley Safadão encerrou a série de publicações pedindo perdão à população e pedindo para "ser tratado como um cidadão".

 

"Peço perdão à população da minha cidade, do meu país, hoje realmente vi que fui mal assessorado sobre me vacinar em outro local, me disseram que não tinha nenhum problema essa mudança e eu acreditei."


G1 CEARÁ

 

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