Começa a valer nesta segunda-feira (4) o limite de R$ 1 mil para transferências e pagamentos realizados por pessoas físicas das 20h às 6h, incluindo o PIX. Pessoas jurídicas (empresas) não serão atingidas com a medida.
O limite poderá ser alterado a pedido do cliente, através dos canais de atendimento eletrônicos. Porém, a instituição financeira deve estabelecer prazo mínimo de 24 horas para a efetivação do aumento.
Segundo o Banco Central, os bancos devem oferecer aos seus clientes a opção de cadastrar previamente contas que poderão receber transferências acima dos limites estabelecidos.
O PIX é um mecanismo de transferência de recursos que opera em tempo real, 24 horas por dia. Recentemente, a tecnologia passou a ser utilizada por criminosos para a prática de fraudes.
A limitação de transferências e pagamentos é uma das medidas anunciadas pelo Banco Central para tornar o PIX mais seguro e reduzir a vulnerabilidade dos sistemas às ações de criminosos.
Todas as mudanças devem entrar em vigor em 16 de novembro. Entre as novas medidas, estão o bloqueio preventivo dos recursos em caso de suspeita de fraude e notificações obrigatórias de transações rejeitadas.
O Banco Central também informou que mudou o regulamento do PIX para deixar claro que os bancos devem ser responsabilizados por "fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos".
Novas
medidas
Bloqueio
cautelar: medida vai permitir que o banco que detém a conta do usuário possa
efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de
suspeita de fraude. Sempre que o bloqueio cautelar for acionado, a instituição
deverá comunicar imediatamente ao cliente.
Notificação
de infração: notificação de infração deixará de ser facultativa e passará a ser
obrigatória. Mecanismo visa permitir que os bancos registrem uma marcação na
chave PIX, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há "fundada
suspeita de fraude". Essas informações serão compartilhadas com as demais
instituições financeiras para aumentar aos mecanismos de prevenção a fraudes;
ampliação
do uso de informações para fins de prevenção à fraude: será criada uma nova
funcionalidade que permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves PIX.
Assim, informações de notificação de fraudes estarão disponíveis para todos os
participantes do PIX, que poderão utilizar essas informações em seus processos
como, por exemplo, abertura de contas;
mecanismos adicionais para proteção dos dados: mecanismos adotados pelos bancos devem ser, no mínimo, iguais aos mecanismos implementados pelo BC. Os bancos também terão de definir procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram excessivas consultas de chaves PIX.
"Essas
medidas, na avaliação do BC, criam incentivos para que os participantes
aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de
fraudes", afirmou o Banco Central em nota.
G1