O
homem que sofreu uma tentativa de homicídio a mando da mulher, após ela
descobrir que ele tinha um caso com a própria filha e com uma terceira pessoa,
mantinha o casamento para acobertar o relacionamento incestuoso, segundo o
delegado Daniel Aragão Mota, da Delegacia Regional de Canindé, no interior do
CE, nesta quinta-feira (30).
Maria
Aparecida Barroso, de 36 anos, foi presa na última segunda-feira (27), por
suspeita de pagar R$ 3 mil a dois homens para matarem o marido Jaelson
Oliveira, de 39 anos. Durante a ação, a filha de Jaelson, de 20 anos, também
foi baleada e perdeu a visão de um olho.
O
namorado da jovem, Antônio Herilson da Silva Lopes, de 26 anos, que, segundo a
polícia, chegou a participar de uma relação sexual a três junto com pai e filha
também foi preso e é suspeito de ajudar Aparecida no crime.
“Quando
ela foi presa, a gente começou a perguntar os motivos que levaram a essa ação.
Ela disse que realmente ela sofria violência psicológica, violência física. Ela
queria se separar e ele não deixava. Conversando com ela a gente notou que ele
queria manter à força essa relação para justamente acobertar o relacionamento
que ele tinha com a filha", disse Daniel Aragão.
Jaelson
foi ouvido pela polícia nesta quinta-feira no Instituto Doutor José Frota, em
Fortaleza, onde está internado. Segundo o delegado, o homem confirmou que
mantinha um relacionamento amoroso com a própria filha há 1 ano e 8 meses.
"Ele confirma a relação incestuosa. Há 1 ano e 8 meses começaram com essa
relação amorosa. Ambos dizem que foi uma paixão mútua", afirma o delegado.
A
filha de Jaelson foi ouvida pela Polícia Civil na quarta-feira (29), na
Delegacia de Canindé, em apuração sobre o possível estupro do pai contra a
filha durante a infância. Porém, segundo o delegado, a jovem lhe relatou que
era apaixonada pelo próprio pai e que o relacionamento só teve início após ela
completar 18 anos.
"Ele não era reconhecido como pai até os 10 anos dela. Ele fez o DNA, confirmou a paternidade, com 12 anos ela foi morar com ele, por volta dos 18 anos foi quando começou esse relacionamento amoroso com a filha. Nós tentamos fazer toda a investigação para saber se realmente ele poderia ter entrado nesse crime de estupro de vulnerável, mas não se confirmou, pelo menos com o que foi dito por eles. É difícil de ter testemunha, haja vista que é um crime entre quatro paredes, então nenhum dos dois confirmou", explica o titular da delegacia regional de Canindé.
G1 CE