O Ministério da Justiça e Segurança Pública fará, a
partir de hoje (19), o que classifica como “o maior leilão da história”, já
feito pela Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Senad). Os imóveis a
serem leiloados em dez lotes estão divididos em dez lotes e avaliados em R$ 80
milhões, entre salas comerciais, terrenos e imóveis urbanos, denominados
“Estância Colibri” e a Estância 21, estimada em mais de R$ 10 milhões.
“Os bens estão relacionados a crimes de lavagem de
dinheiro, apreendidos de João Arcanjo Ribeiro. Os lances podem ser dados até o
dia 22 de julho e acontecem de forma online”, informou o ministério. “Para
viabilizar as vendas, tornando-as mais atrativas, os lances iniciam abaixo do
valor avaliado, equivalente a 75% do preço de mercado, e o pagamento pode ser
parcelado”, acrescentou. Os lances podem ser apresentados no site.
Estratégia
Com relação à estratégia do governo de reverter,
via leilões, os bens apreendidos de criminosos em políticas públicas, já foram
arrecadados, só no Mato Grosso, mais de R$ 42 milhões com a venda de pelo menos
2.635 bens, em 20 leilões desde 2020.
“Desse total, mais de R$ 37 milhões se referem a
2.404 itens leiloados do patrimônio apreendido de João Arcanjo Ribeiro”, disse
o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora.
O Ministério da Justiça contabiliza cerca de 400
bens em processo de venda, que devem ser inseridos nos próximos leilões, de
forma a reforçar, com a arrecadação, os cofres públicos. Segundo o ministério,
quando esses bens são oriundos a crimes relacionados ao tráfico de
entorpecentes, têm como destino o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), de forma a
financiar projetos que reforçam a segurança pública e o combate às drogas no
país.
Agência Brasil