A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (30) que vai manter em agosto a bandeira vermelha 2, em vigor desde junho, em meio a uma seca histórica na região das hidrelétricas.
A bandeira vermelha 2 é a mais cara das tarifas extras, e representa uma cobrança adicional de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos.
"Em
julho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado
Nacional (SIN) continuam entre as mais críticas do histórico. Agosto inicia-se
com igual perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN em
níveis consideravelmente baixos para essa época do ano", diz a agência.
A mudança vem num momento em que os principais reservatórios de água no país estão num nível crítico, devido à falta de chuvas. Esse cenário faz com que o governo tenha que recorrer a usinas térmicas, que têm um custo maior de geração. O custo extra é repassado aos consumidores finais por meio da mudança da bandeira tarifária.
Só na primeira semana de agosto, o custo de operação do sistema com o acionamento de termoelétricas deverá subir 105,02%, segundo cálculos divulgados nesta noite pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Racionamento
Apesar do cenário de crise, o governo federal afasta a possibilidade de um racionameno de energia. Em entrevista à CNN nesta sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que “não haverá racionamento e trabalhamos para que não haja risco de apagão.”
Ele
explicou que a pasta trabalha junto com as indústrias para evitar que “haja
concentração de demanda energética em horários que levaria a apagão, estamos
conversando com a indústria para que dentro das necessidades escolhermos o
descolamento, ou eles mesmos, com devidas compensações para o sistema
elétrico.”
CNN