O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, realizou entrevista coletiva nesta segunda-feira (7) para esclarecer os protocolos de segurança para realização da Copa América no Brasil. Queiroga destacou que "não se fará esforço" para que os atletas sejam vacinados antes da competição, afirmando que a imunização dos participantes não será uma imposição.
"Se exigir que vacinasse os atletas nesse momento, eles não teriam imunidade até o início da competição; como essas competições [demais competições esportivas no Brasil] têm existido sem a exigência da vacinação, então não é uma imposição a questão da vacina. Os que tiverem vacinados melhor, mas não se fará um esforço maior para vacinar esses atletas agora, até porque a vacina poderia causar uma reação e poderia comprometer o ritmo dos jogadores", disse o ministro.
Marcelo Queiroga apresentou as medidas de segurança que serão aplicadas durante a realização do evento, como a testagem dos atletas a cada 48 horas, o isolamento da comissão técnica em andares distintos dos hotéis, ônibus higienizados, e garantiu ainda que, caso haja a necessidade de internação de algum atleta, não serão utilizados leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).
"Aqui não será teste rápido, será o RT-PCR. É um controle muito seguro, nenhum desses exames serão realizados pelo SUS, todos os atletas têm seguro de saúde, se houver a necessidade de instalação hospitalar os atletas estão devidamente assegurados e utilizarão a rede hospitalar privada", afirmou Queiroga.
O evento inicia em 13 de junho e prossegue até 13 de julho, com 10 delegações e 28 jogos. Um estudo elaborado pelo Ministério da Saúde define o evento como seguro, levando em conta o histórico de contaminações já apresentado por atletas.
Para o ministério, as condições apresentadas tornam o evento "de baixo risco para a Covid-19".
"Nos preocupamos com o que vem acontecendo nos últimos meses, o que a CBF nos enviou foi que foram mais de 89 mil testes PCR feitos ano passado; mais de 13 mil atletas testados, destes apenas 2,2% testaram positivo, apenas um atleta teve internação. Essa é a preocupação do Ministério da Saúde, de ter um evento de baixo risco, que baixa o risco diante de um protocolo sanitário bem feito, é isso que a gente tem feito no departamento", explicou Alessandra Siqueira, diretora do departamento de Ciência e Tecnologia.
O ministro Marcelo Queiroga destacou que outros eventos esportivos estão acontecendo no Brasil, e que não há um impedimento legal para que a competição ocorra no país.
“Não
é um campeonato de grande dimensão e partindo do pressuposto de que a prática
de atividades esportivas competitivas, ela está acontecendo normalmente em
nosso país, não há nenhum óbice legal ou sanitário para que esse evento possa
acontecer no país”, afirmou Queiroga.
CNN