A aplicação das vacinas contra a Covid-19 podem aumentar a
proteção contra mortes e internações em quase 100% nos idosos vacinados. É o
que alega um estudo preliminar da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e do
Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará (UFC).
"A gente tem resultados bem animadores, tanto para uma
dose somente, da vacina, quanto para as duas doses. Então, a gente tem que a
vacinação de uma dose conseguia reduzir óbitos em 99%, e a internação em 98%,
mostrando uma eficácia importante da vacinação nesse grupo de idosos. Já com
uma dose mostrando efeito", diz a secretária executiva de Vigilância e
Regulação da Sesa, Magda Almeida.
O
levantamento foi realizado entre janeiro e abril deste ano nos idosos acima de
75 anos de idade que receberam a vacina no primeiro grupo. Até agora, o estudo
mostra que tanto a vacina CoronaVac, quanto a AstraZeneca, proporcionaram um
índice de segurança próximo a 90% para aqueles entre 75 e 79 anos, de cerca de
95% naqueles entre 80 a 89 anos e de quase 100% para idosos acima de 90 anos.
Para
aqueles idosos que tomaram as duas doses da CoronaVac, a proteção contra os
efeitos do coronavírus aumentou em 52 vezes. Entretanto, os que haviam tomado
somente a primeira dose já apresentavam uma proteção 27 maior contra a
internação.
Magda
Almeida alerta, contudo, para o risco de contaminação mesmo em quem já foi
vacinado, o que exige que os cuidados de isolamento social ainda devem ser
praticados.
"Esse
estudo não quer dizer que as pessoas não possam se contaminar. Estamos chegando
no Dia das Mães, onde teremos visitas familiares, mas é muito importante
lembrar que as contaminações ainda podem acontecer. Dessa forma, todos os
cuidados devem ser mantidos, como o uso de máscara e a higienização das mãos,
além do distanciamento. Quem tiver sintoma gripal deve evitar fazer
visitas", coloca.
G1