Em
entrevista à CNN nesta quinta-feira (20), o
infectologista Renato Grinbaum se mostrou contrário à aprovação de visitas de
familiares completamente imunizados a pacientes com Covid-19 internados
em hospitais. No Rio de Janeiro, a resolução foi
publicada nesta semana no Diário Oficial do Município.
Grinbaum
destacou que, mesmo vacinada com as duas doses, a pessoa ainda pode transmitir
a doença causada pelo novo coronavírus.
“[O
encontro] traz benefício para o paciente, mas o que é mais grave: uma pessoa
com contato por mensagens por vídeo ter algum tipo de conforto ou ter a
situação de que um familiar vai visitar, adquire a Covid e transmite? É meio
óbvio, devemos priorizar a segurança mais do que o conforto, lamentavelmente”,
avaliou.
Ele
destaca que é essencial ter certeza de que a pessoa internada não está mais
transmitindo o vírus. “Numa forma grave, o mínimo é 14 dias e depois pode fazer
exames sequenciais para ver se continua transmitindo, se dois exames voltarem
negativos, podemos dizer que não está transmitindo mais.”
Mesmo
assim, o médico faz um alerta. “Se a pessoa não é mais transmissora e dentro do
hospital é possível manter os protocolos, a gente pode flexibilizar, mas ainda
assim é uma medida de risco para a população”, disse.
As
vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença,
especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.
Embora não impeçam o
contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já
que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o
coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira
de Imunizações (SBIm).
CNN