Ceará Credi, programa de microcrédito orientado lançado na manhã desta sexta-feira, 9, pretende atender inicialmente até 36 mil microempreendedores e profissionais autônomos que queiram investir ou criar um pequeno negócio no Estado. Com fundo inicial de R$ 100 milhões, medida prevê liberação de empréstimos de R$ 500 até R$ 5 mil , dando prioridade para pessoas em situação de vulnerabilidade e beneficiários de políticas sociais.
A previsão inicial é de que o sistema para cadastramento e solicitação de crédito seja disponibilizado nas plataformas do governo do Estado a partir do dia 1º de maio. O foco do programa será movimentar a economia local de comunidades em todo o Ceará. A solicitação ocorrerá em quatro etapas da seguinte forma:
O interessado deverá
realizar um cadastro na plataforma do programa a ser disponibilizada nos sites
do governo do Estado
Diante dos dados
informados, um agente comunitário de crédito entrará em contato com o
empreendedor para que seja elaborado, em conjunto, um plano de negócio com as
necessidades de investimento e formas de gerência do capital a ser buscado por
meio do empréstimo
Com o plano de negócio elaborado,
este será submetido a avaliação da equipe do Ceará Credi
Mediante aprovação do
plano de negócio, o empréstimo solicitado será liberado
Depois que o crédito for liberado, o solicitante poderá ter acesso aos valores por meio do aplicativo E-Dinheiro, que funcionará como uma poupança digital para o empreendedor, fornecendo ainda os serviços bancários de transação e pagamento via internet banking.
O processo deverá ser
dinâmico, sem muito tempo de espera e com pouco burocrática conforme detalhamento
feito pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Ao todo, após consolidação
do programa, serão disponibilizados ainda 34 pontos de atendimento presencial
em unidades de atendimento aos beneficiários, como nos vapt vupts, nos centros
dos Sines/IDT e nas casas do cidadão ao redor do Estado.
O projeto prevê ainda o
acompanhamento pelos agentes de crédito e realização de oficinas obrigatórias
para quem quiser solicitar os emprestimos para abrir um negócio e recomendada
para quem já possui um empreendimento. A estratégia busca garantir a
rentabilidade do negócio e fornecer capacitação para que o empreendedor possa
se tornar independente, não necessitando mais de empréstimos bancários.
Outra forma de garantir o
retorno aos cofres públicos é o cruzamento de dados com plataformas cujas
informações de beneficiários de programas assistenciais já estejam disponíveis
e conferir assim quais seriam mais aptos a fazer uso dos créditos. As
informações foram repassadas pelo presidente da Agência de Desenvolvimento do
Estado do Ceará (Adece), Francisco Rabelo, ainda no dia 31 de março.
Quem pode solicitar os
empréstimo disponibilizados pelo Ceará Credi?
Microempreendedores
formais e informais
Autônomos
Agricultores familiares
que possuam negócios não agrícola como a produção de artesanato
Grupo produtivo solidário
Quais as principais
atividades a serem comtempladas pelos empréstimos disponibilizados pelo governo
do Ceará ?
Pequenas linhas de
produção
Artesanato
Comércio
Serviços
Empreendedorismo social e
cultural
Taxas e carências dos
empréstimos disponibilizados pelo governo do Estado pelo Ceará Credi
Em virtude da pandemia de
Covid-19 e como forma de incentivar a adesão do programa, as taxas de juros
serão zeradas para todos os pedidos feitos em 2021. A partir do próximo ano,
2022, irão variar entre 0,3% ao mês para linha de investimento fixo ou misto,
com acréscimo de 2% sobre o valor desembolsado, e de 0,5% ao mês para linha de
capital de giro, sendo os percentuais do mercado, conforme frisa o governador
do Estado, Camilo Santana (PT), ao anunciar a medida.
Com relação aos
empréstimos de capital de giro, será oferecida carência de até 2 meses para
início do pagamento, podendo ser parcelado de 4 até 9 vezes. Para o investimento
fixo ou misto a carência será de quatro meses, com possibilidade de
financiamento de 12 até 24 meses.
O programa prevê ainda um retorno de 10% do valor cedido para quem quitar as parcelas dos emprestimos em dia. "Assim, se você fizer um empréstimo de R$ 1 mil e pagar em dia, após a última parcela, o Estado dará R$ 100 de retorno, como incentivo e forma de garantir o mínimo de reserva para o empreendedor, para que ele aos poucos não precise mais pedir empréstimos", explicou Camilo.
O POVO Online