Nesta terça-feira (20), a Netflix divulgou um documento voltado para seus acionistas e investidores relatando sua taxa de crescimento de novos assinantes no primeiro trimestre de 2021. Comparado ao mesmo período no ano passado, o resultado ficou abaixo do esperado e desanimou o mercado de ações, derrubando o preço de seu papel em 12%, que chegou a equivaler US$ 67,97 após algumas horas de operação.
A queda brusca pode ser explicada pelos próprios dados divulgados pela Netflix: no ano passado, durante o início da quarentena em razão da Covid-19, a empresa recebeu cerca 16 milhões de novos assinantes em 3 meses. Neste ano, até o momento, houve um crescimento de "apenas" 3,98 milhões de novas assinaturas, equivalendo a uma redução de 75,37% se comparado à performance de 2020.
Para piorar o caso, a Netflix havia afirmado, ainda em janeiro deste ano, que receberia pelo menos 6,3 milhões de novos assinantes para este período. Agora, a empresa espera o crescimento de mais 1 milhão de novas adesões para o próximo trimestre, totalizando o número de 4,8 milhões — substancialmente abaixo da expectativa.
Parte do problema pode ser explicado por dois fatores: o primeiro deles é que o significativo aumento no número de assinantes no ano passado foi impulsionado pelo início da quarentena, quando muitas pessoas aderiram plataformas como a Netflix para se entreter. Como a situação se manteve bastante similar nesse sentido, seria difícil alcançar um salto tão grande ou maior nas mensalidades.
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outro lado, a queda no número de produções em razão da pandemia também diminuiu
o interesse dos usuários pela Netflix, especialmente ao considerar os novos
concorrentes, como a Disney+ e seu catálogo de mídias originais. Para remediar
o problema, a empresa aposta em novos filmes com grandes celebridades, como Gal
Gadot e Ryan Reynolds, para impulsionar seu acervo e trazer mais assinantes.
TecMundo