Nota
técnica da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) aponta para dez casos
confirmados de pacientes infectados com a variante brasileira do SARS-CoV-2, o
novo coronavírus. No total, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância
em Saúde do Ceará (CIEVS/CE) contabilizou 382 notificações de pacientes com
suspeita da nova variante, sendo 260 (68,06%) residentes no território
cearense.
Entre
os pacientes com a variante oriunda de Manaus (VOC P.1/B.1.1.28.1), seis são do
sexo masculino e quatro do feminino. Sete foram atendidos na rede privada e os
outros três na rede pública. A faixa etária vai de 21 a 91 anos, com média de
idade de 55 anos. Conforme a Sesa, seis pacientes são residentes de Fortaleza,
dois de Manaus, um de Rondônia e um de Meruoca, cidade cearense distante 263,8
quilômetros da Capital.
No
total, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) já analisou 427
amostras. Desse total, 382 notificações figuram como casos suspeitos, 161
(42,15%) são viajantes e 221 (57,85%) contactantes. Quarenta e cinco amostras
analisadas foram descartadas para a nova variante.
Entre
os casos suspeitos, 62 (16,27%) são residentes do estado do Amazonas, 17
(4,45%) do Rio de Janeiro, dois (0,52%) de Roraima, dois do Amapá (0,52%), oito
do Pará (2,09%), 12 de São Paulo (3,14%), um de Sergipe (0,26%), oito do Piauí
(2,09%), quatro da Bahia (1,05%), três do Rio Grande do Norte (0,79%) e três de
Pernambuco (0,79%).
"No intuito de contribuir com a vigilância epidemiológica molecular dos
genomas de SARS-CoV-2 circulantes no Estado do Ceará, a Rede de Vigilância
Genômica Fiocruz comunicou, no dia 9 de março deste ano, a finalização da
análise de dez genomas completos de amostras positivas para o SARS-CoV-2. Foram
enviadas ainda 29 amostras para sequenciamento. A Fiocruz liberou 12 genomas
para a Sesa, sendo dez da nova variante", finalizou a nota divulgada pela
Sesa na última semana.
Em
oito de fevereiro, o órgão
estadual de Saúde confirmou os três primeiros casos da nova variante no Estado. Quase
quinze dias depois, em 24 de janeiro, a Sesa afirmou que investigava 13 óbitos
em decorrência da doença. No documento técnico mais atual divulgado pela
pasta, não há menção desta linha de investigação. O POVO questionou
sobre esse dado, mas foi não foi respondido até a publicação desta matéria.