A informação ainda não foi confirmada pelo governo oficialmente. A TV Globo apurou que Ernesto avisou da decisão de deixar o ministério a seus assessores próximos e apresentou o pedido para o presidente Jair Bolsonaro.
O
pedido ocorre após pressão de parlamentares, inclusive dos presidentes da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG).
O
ministro é alvo de críticas pela condução da política externa brasileira,
marcada pelo estreitamento nas relações com o EUA durante a presidência de
Donald Trump e embates com importantes parceiros comerciais, como a China.
A
insatisfação com Araújo aumentou nos últimos meses após o país enfrentar
demora e atraso na entrega de vacinas e de insumos para a produção de
imunizantes contra a Covid-19 produzidos justamente pela China, além da
Índia.
A
questão política foi apontada como entrave para a liberação mais ágil das
vacinas e dos insumos. O agora ex-ministro negou, em janeiro, que essa
tivesse sido a causa do problema.
Sem
ambiente
O
comentário ocorreu pouco depois de Araújo se reuniu com o presidente da
Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), fora da agenda, e, em
seguida, com o presidente Jair Bolsonaro.
De
acordo com o blog da Andreia Sadi, Araújo tentou reverter uma
possível demissão no encontro com Lira, pois não tinha mais apoio nem
dentro do governo – apenas a ala ideológica, como o assessor Filipe
Martins e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do
presidente, gostariam de sua permanência no cargo.
O encontro com Lira e Bolsonaro ocorreu um dia depois de senadores, durante audiência pública com a participação de Araújo, pedirem que ele deixasse o ministério.