Um
avião da companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da vacina
Oxford/AstraZeneca contra covid-19 decolou na madrugada de hoje (22)
de Mumbai, na Índia, e deve chegar a São Paulo às
6h55 desta terça-feira.
A
aeronave deixou a cidade indiana por volta das 10h30 da manhã
(horário local), o que equivale a 2h da madrugada de hoje no horário de
Brasília. A carga fará escala em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde decolará
para São Paulo às 22h40 (horário local) - 15h40 de hoje (horário de
Brasília).
O
voo chegará a São Paulo amanhã de manhã e as vacinas seguirão para o
Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de Tecnologia em
Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
As
doses foram produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e
maior produtor mundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar
primeiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotuladas antes de serem
distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações.
A
importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas
acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de
vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da Índia em janeiro e
está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além
dos 2 milhões que chegam amanhã ao país, mais 8 milhões estão previstas para os
próximos dois meses.
Enquanto
negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das
vacinas Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a
Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de
um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado. A primeira remessa desse
insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na
Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março.
De
acordo com a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente
nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento
dos parâmetros de produção.
"Com
esses resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja
documentação será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 milhão de doses e seus resultados
serão enviados à Anvisa até meados de março".
Também
está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a
produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção
das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam
entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível
entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz
para 210,4 milhões.
Agência Brasil