O
presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do
Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili, estima que o preço do gás de cozinha
vendido aos brasileiros pode bater a casa dos R$ 150 – ou mesmo R$ 200, em uma
hipótese drástica – neste ano.
Em
entrevista ao Metrópoles, Borjaili critica a política de preços da Petrobras,
principal produtora do país, e avalia que quem sai mais prejudicado com as
altas consecutivas do GLP são as famílias de baixa renda.
“Se
persistirem esses aumentos consecutivos, sem limites, a previsão é de que o gás
de cozinha chegue logo a R$ 150. Vai ser um pulo. Já para chegar a R$ 200
depende dessa política de preços”, estima.
Dados
da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
atualizados nessa segunda-feira (11/1) apontam que, em média, o consumidor paga
R$ 75,04 por um botijão de 13kg. Na máxima, o valor chega a R$ 105.
“Os
ministros de Minas e Energia e da Economia prometeram publicamente que o preço
do gás iria cair até 40% ou 50%, mas, desde então, o valor só sobe – e não há
qualquer previsão de redução”, ressalta Borjaili.
Uma
dessas promessas citadas pelo empresário foi feita em abril de 2019 pelo
ministro Paulo Guedes, da Economia, que disse ser necessário “quebrar” o
monopólio da Petrobras sobre o refino do petróleo e na distribuição.