Em
uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times” o CEO da empresa
farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que sua vacina contra Covid-19
deve ser aprovada pelo Reino Unido “nesta semana”. Mais conhecida como a
“Vacina de Oxford”, a AZD 1222 tem vantagens sobre a formulação da
Pfizer/BioNTech, já
em uso em vários
países.
Entre
elas estão o custo mais baixo, cerca de US$ 4 (R$ 20,87) por dose, e a maior
facilidade no armazenamento. Enquanto a concorrente precisa ser armazenada em
câmaras frias a -70 °C, a vacina de Oxford pode ser armazenado nas mesmas
geladeiras usadas para vacinas comuns, com temperaturas de 2 a 8 °C.
Em
novembro a AstraZeneca anunciou que a vacina de Oxford tinha eficácia de 62% em
voluntários que receberam duas doses e 90% em quem recebeu meia dose, seguida
de uma dose completa. Após admitir que o segundo regime de aplicação foi
resultado de um “erro humano”, a farmacêutica prometeu apresentar resultados
de testes extras.
Segundo
Soriot, os novos resultados mostram que a vacina de Oxford tem eficácia de
“100%” na prevenção de casos graves de Covid-19. Entre as vacinas já aprovadas
para uso na população, a da Pfizer/BioNTech tem eficácia de 95%, enquanto a da
Moderna é de 94%. Segundo a Rússia, a Sputnik
V tem eficácia de 91,4%.
Nova
mutação
Uma
nova variante do vírus Sars-CoV-2 encontrada no final de outubro preocupa
autoridades de saúde, pois pode ser até 70% mais contagiosa do que a cepa
original. A descoberta levou mais de 40 países a proibir a entrada de pessoas vindas do Reino Unido,
onde a mutação está em circulação e se espalha “com velocidade assustadora”.
Questionado
sobre a eficácia da vacina de Oxford contra esta variante do vírus, Soriot
afirmou: “pensamos por ora que a vacina deve continuar a ser eficaz. Mas não
podemos ter certeza, então faremos alguns testes”.
O
executivo garante que novas versões da vacina estão sendo preparadas caso a
atual não seja eficaz em gerar uma resposta imunológica contra a mutação, mas
espera que não sejam necessárias: “Você tem que estar preparado”, disse.
Fonte: Estadão