Pelo
segundo mês seguido, o país criou empregos formais. Segundo dados divulgados
pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de
Trabalho do Ministério da Economia, 313.564 postos de trabalho com carteira
assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre
contratações e demissões. Este foi o melhor resultado para meses de setembro
desde o início da série histórica do Caged, em 2010. No acumulado do ano, no
entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De
janeiro a setembro, foram fechadas 558.597 vagas, o terceiro pior resultado
para o período desde o início da série histórica, em 2010. Só perdendo para os
nove primeiros meses de 2015 (-657.761 empregos) e 2016 (-683.597).
Setores
Na
divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram
empregos formais em setembro. A estatística foi liderada pela indústria, com a
abertura de 110.868 postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de
extração e de outros tipos. Com 80.481 novos postos, os serviços vêm em segundo
lugar. A criação de empregos no setor de serviços quase dobrou em relação a
agosto. Em seguida, vem o grupo comércio, reparação de serviços automotores e
de motocicletas, com 69.239 novas vagas. Em quarto lugar, está o setor de
construção, com 45.249 postos. O grupo que abrange agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura, abriu 7.751 postos em setembro.
Destaques
Na
indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que
contratou 108.283 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, veio a
indústria ligada ao saneamento e à gestão de resíduos, que abriu 1.446 vagas.
Os serviços tiveram desempenhos opostos conforme o ramo de atividade. O
segmento de atividades administrativas e serviços complementares criou 42.349
postos. O setor de atividades profissionais, científicas e técnicas abriu
12.455 vagas. Segmento mais afetado pelo distanciamento social, o setor de
alojamento e alimentação voltou a criar empregos depois de seis meses de
demissões e abriu 4.637 vagas. O segmento de educação, no entanto, continua a
enfrentar dificuldades e demitiu 8.474 trabalhadores a mais do que contratou.
Desde abril, as estatísticas do Caged não detalham as contratações e demissões
por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do
comércio atacadista e varejista.
Regiões
Todas
as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O
Sudeste liderou a abertura de vagas, com 128.094 novos postos, seguido pelo
Nordeste, com 85.336 postos criados, e pelo Sul, com mais 60.319 postos. O
Norte abriu 20.640 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 19.194 postos
formais no mês passado. Na divisão por unidades da Federação, a criação de empregos
se disseminou pelo país. Todos os estados e o Distrito Federal abriram postos
com carteira assinada em setembro.
As
maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de 75.706
postos; Minas Gerais, 36.505 postos, e Santa Catarina, 24.827 postos. Os três
estados que menos criam postos de trabalho foram Amapá, 450 vagas; Acre, 577; e
Roraima, 1.101.