A
venda dos materiais de construção subiu 23,6% em julho, ocasionando um
crescimento de 12,1% no comércio varejista ampliado do Ceará – que leva em
consideração as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de
construção. O resultado foi o maior para o mês de julho desde o início da série
história em 2004. Os dados são referentes a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC),
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
quinta-feira (10).
Em
decorrência da pandemia do novo coronavírus, o comércio cearense registrou meses
amargos para as vendas, chegando a registrar quedas de até 22,9%, como foi o
caso de abril. Com a retomada das atividades, os setores começam a registrar um
maior índice de vendas, aquecendo o mercado.
Dentro
dos setores do comércio varejista ampliado, o segmento de construção segue se
recuperando do recuo de 49,7% em maio. Já o setor de veículos, motos, partes e
peças vem reduzindo o seu ritmo de queda, com variação de negativa de 5,4% em
julho ante -16,9% em junho.
Entre
os estados do Nordeste, o Ceará apresentou o terceiro melhor resultado em
julho, atrás apenas da Paraíba (21%), Pernambuco (15,8%) e Alagoas (14,3%). Já
em relação ao país, o Ceará ocupa o sexto lugar entre os dez primeiros com
maior número do índice de vendas.
Outras
atividades
De
acordo com o IBGE, as vendas do varejo em geral registraram crescimento de 8,5%
em julho ante o avanço de 28,3% em junho. Mesmo com o resultado positivo, as
vendas acumulam perdas de 13,6% no ano e de 8,4% nos últimos 12 meses.
Das
oito atividades pesquisadas, seis tiveram alta, sendo elas: equipamentos e
material para escritório, informática e comunicação (21,9%), artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,9%), hiper e
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%), outros artigos de
uso pessoal e doméstico (6,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (5,2%),e
móveis e eletrodomésticos (2,5%). Na ponta oposta, apresentaram quedas as
atividades de tecidos, vestuário e calçados (26,7%) e combustíveis e
lubrificantes (4,3%).
Receita
Nominal
A
receita nominal do varejo ampliado no Ceará apresentou um crescimento de 11,4%
em julho, com destaque para as vendas dos materiais de construção que teve um
avanço de 30,1% no mês.
Em
relação ao varejo normal, o Ceará teve uma alta de 8,2% em julho ante 23,6% em
junho. O segmento que mais influenciou para o avanço foi o de equipamentos e
material para escritório, informática e comunicação (26,4%),hipermercados e
supermercados (21,3%), hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e
fumo (18,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (9,8%).