A
Enel Distribuição Ceará acumula o maior número de reclamações registradas por
consumidores da capital cearense ao Departamento Municipal de Proteção e Defesa
dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza) desde o início do ano até o fim
de agosto. De acordo com o órgão, foram registradas 950 queixas contra a
distribuidora de energia elétrica no período, em um universo de cerca de 7.440
atendimentos, realizados de forma presencial ou não.
Além
da empresa, também predominam no ranking reclamações à Companhia de Água e
Esgoto do Ceará (Cagece), empresas telefônicas e de e-commerce. As principais
queixas são referentes a cobranças indevidas e dúvidas sobre cobranças,
reajustes, contratos e orçamentos.
De
acordo com a diretora geral do Procon Fortaleza, Cláudia Leitão, as
concessionárias de serviços essenciais têm o dever de oferecer qualidade e
eficiência aos clientes. Ela avalia que os números de queixas contra a Enel são
elevados, embora pondere que a empresa tem um bom índice de resolutividade no
órgão.
Segundo
Cláudia, devido à pandemia, muitas pessoas deixaram de fazer queixas nos órgãos
de defesa do consumidor, que estavam atendendo online, porque não dominavam o
uso da internet. Caso os atendimentos presenciais não fossem interrompidos, ela
acredita que o número de denúncias contra as empresas possivelmente seria bem
maior do que foi anotado entre janeiro e agosto de 2020. "Mesmo assim, o
saldo de reclamações persiste, e as empresas não aperfeiçoaram os serviços
adequadamente", comenta.
Em
nota, a Enel informou ser a empresa com o maior número de clientes no Estado e
que as reclamações registradas representam 0,02% do número total de clientes da
distribuidora. A companhia acrescentou que as lojas de atendimento ficaram
fechadas de março a julho para preservar a saúde de clientes e colaboradores,
devido à pandemia, tendo reforçado o atendimento pelos canais digitais.
Completam
o ranking a Oi Móvel (286), Tim Celular (119), Vivo (117), Oi Fixo (117), Via
Varejo (115), Samsung (102), Claro (90) e Caixa Econômica (85).
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA