Ele
insistiu na importância de haver coordenação entre os governos e as
comunidades. "Os governos precisam fazer sua parte para detectar casos,
isolá-los, rastrear contatos quando for possível e criar condições para que a
doença não possa se disseminar facilmente", apontou, mencionando também
que é preciso "evitar aglomerações". Ryan lembrou que a lista de
tarefas é "fácil de dizer e difícil de atingir".
Segundo
ele, os países com transmissão intensa da doença têm um "caminho
longo" pela frente. "Não há bala mágica", afirmou, repetindo
declaração anterior do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no
início da coletiva.
O
diretor executivo disse que alguns países precisarão "dar um passo
atrás" para reavaliar como lidam com a pandemia em nível nacional, a fim
de suprimir o vírus.
Também
presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia da covid-19, Maria
Van Kerkhove, destacou a importância de se mobilizar recursos para as áreas
mais afetadas de um país. "Há tremendos recursos no Brasil e o desejo de
atacar esse problema", disse, insistindo para que se apliquem as medidas
já conhecidas e eficazes para conter a transmissão, como o uso de máscaras,
testagem, etc. "É preciso que exista capacidade de testar, para se saber
onde o vírus está", ressaltou.
Ainda
na resposta sobre o Brasil, Ghebreyesus disse que os países mais afetados não
devem esmorecer. "Nunca é tarde demais, sigam estratégia abrangente"
contra a doença.
Ele
lembrou, na coletiva, que os testes de vacina têm avançado, mas não será
possível saber se há vacina eficaz, nem por quanto tempo, até que eles
terminem.
Estadão
Conteúdo