A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Jansen-Cilag,
unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, a realizar testes clínicos no
Brasil para o desenvolvimento de vacina contra a covid-19. O estudo global
prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, sendo 7 mil no Brasil, distribuídos
nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas
Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.
Em
nota divulgada hoje (18), a Anvisa informou que os dados que embasaram a
autorização incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e
clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam a mesma modelagem. Os estudos
da Jansen-Cilag foram iniciados em julho nos EUA e na Bélgica. De acordo com a
agência, o ensaio clínico será conduzido em etapas e cada etapa só será
iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento forem
satisfatórios.
Este
é o quarto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no
Brasil. No dia 2 de junho, a agência autorizou o ensaio clínico da vacina
desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no
dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto
Butantan; e no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos.
A
potencial vacina da Jansen-Cilag, denominada Ad26.COV2.S, é composta de um
vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído
para codificar a proteína S (Spike) do vírus Sars-CoV-2 (o novo coronavírus).
O
ensaio clínico aprovado é um estudo de fase 3, randomizado, duplo cego,
controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança de Ad26.COV2.S na
prevenção de covid-19 em adultos com 18 anos ou mais. Cada participante
receberá uma dose única da vacina ou placebo. O recrutamento dos voluntários é
de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa.
AGÊNCIA BRASIL