O
Ministério da Saúde enviou um ofício à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio
de Janeiro, pedindo que a instituição dê ampla divulgação ao tratamento com uso
de cloroquina e hidroxicloroquina como medicamentos que podem ser utilizados
nos primeiros dias de sintomas de Covid-19. O ofício é assinado pelo secretário
de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte.
O
uso da cloroquina é alvo de estudos e, apesar das primeiras evidências
positivas nos testes in vitro, não há resultados que comprovem a eficácia da
droga no tratamento ou na prevenção da Covid-19. Por outro lado, pesquisas já
apontaram que a droga não trouxe benefícios para diferentes perfis de
pacientes, sejam os casos leves ou hospitalizados, e ela foi até mesmo
associada à piora da situação dos pacientes.
Os
médicos alertam para os efeitos colaterais do medicamento, como a arritmia
cardíaca. A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu os testes com o
medicamento.
No
documento encaminhado à Fiocruz, Duarte ressaltou ser "essencial tomar e
divulgar algumas medidas" em relação ao tema. Uma delas é a
"prescrição de cloroquina ou hidroxicloroquina, mediante livre
consentimento esclarecido do paciente com diagnóstico clínico de
Covid-19".
Tal
tratamento, afirmou o secretário, seria realizado de forma "precoce, ou
seja, nos primeiros dias dos sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS)". Duarte também destacou que a ampla divulgação do método
"integra a estratégia do Ministério da Saúde para reduzir o número de
casos que cheguem a necessitar de internação hospitalar".
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA