A
alta foi, porém, insuficiente para compensar a queda no faturamento em março e
em abril, quando a maior parte das fábricas interrompeu as atividades. Mesmo
com a recuperação no mês passado, o faturamento real (corrigido pela inflação)
está 18,2% abaixo do registrado em fevereiro e 17,7% do observado em maio de
2019.
Dois
indicadores apresentaram crescimento em relação a abril. As horas trabalhadas
na produção cresceram 6,6% em maio, e a utilização da capacidade instalada
subiu de 67% para 69,6% na série dessazonalizada (que exclui o efeito de
feriados). Apesar da reação, as horas trabalhadas estão 18,4% inferiores às de
maio de 2019, e a utilização da capacidade instalada está 8,5 pontos
percentuais abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado.
Em
nota, a CNI informou que o crescimento nos indicadores veio depois de dois
meses de fortes quedas. Para a entidade, o resultado de maio indica que a pior
fase da crise econômica decorrente da pandemia de covid-19 ficou para trás.
A
recuperação da atividade, no entanto, não chegou ao mercado de trabalho. O
nível de emprego recuou 0,8% em maio na comparação com abril, registrando o
quarto mês seguido de encolhimento. A queda, no entanto, foi menor que no mês
anterior. O indicador de emprego está 15,4% inferior ao de maio do ano passado.
A
massa salarial e o rendimento médio reais (corrigidos pela inflação) pagos aos
trabalhadores da indústria tiveram retração pelo segundo mês consecutivo. A
massa salarial caiu 8,1%, enquanto o rendimento médio encolheu 6,5% em relação
a abril.
Agência Brasil