Quatro
cidades do Ceará aparecem na lista das 20 cidades do Nordeste com maior número
de casos confirmados de Covid-19, de acordo com levantamento do Consórcio
Nordeste disponibilizado na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do
Ceará (Sesa), na manhã desta segunda-feira (13). Fortaleza, Sobral, Maracanaú e
Caucaia são os municípios que compõem o ranking. Juntas, as cidades têm 55.073
registros da doença.
Ainda
conforme o IntegraSUS, o Ceará registrava 136.790 casos confirmados da doença e
6.869 óbitos até domingo (12). É o estado com maior número de casos do
Nordeste, com cerca de 21,6% do total de registros. Nesta segunda-feira
(13), novas atividades, como barracas de praia e jogos de futebol, foram
retomadas na capital cearense.
Além do Ceará, o Maranhão é o único outro estado a ter quatro
municípios no ranking das 20 cidades nordestinas com mais casos. Pernambuco tem
três municípios na lista. Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte aparecem duas
vezes, e Sergipe, Piauí e Alagoas só estão na listagem com as capitais.
Os primeiros lugares da lista são ocupados pelas capitais dos nove estados, sendo Fortaleza a segunda com maior número de casos (38 mil), ficando atrás apenas de Salvador (43 mil). Sobral, com 8,3 mil casos, fica no 11º lugar do ranking, e Maracanaú (4,4 mil) e Caucaia (4,2 mil) fecham a lista, no 19º e 20º lugar, respectivamente.
De
acordo com os dados do Consórcio Nordeste, o Ceará é o estado que mais testa a
população na região, com mais de 345 mil exames de detecção do novo coronavírus
já realizados, seguido pela Bahia (308 mil) e pelo Maranhão (206 mil).
Interiorização
da pandemia
A
transmissão do vírus em cidades do Interior preocupa autoridades da Saúde. O
alto número de casos em Sobral, a principal cidade da região Norte do Ceará,
demonstra a tendência da pandemia de se espalhar para além das capitais e das
regiões metropolitanas. Segundo os dados do Consórcio Nordeste, 94,76% de todas
as cidades do Nordeste têm casos confirmados.
Especialistas
do Comitê Científico do Consórcio explicam que um “efeito bumerangue” pode
acontecer nas capitais, com as infecções do interior voltando aos grandes
centros durante o atendimento a casos mais graves da doença, que demandam
internações em unidades especializadas.
G1 CEARÁ