O
Ministério da Agricultura disse, nesta quarta-feira, ter sido informado pelo
Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa)
que a nuvem de gafanhotos, em movimento dentro do território argentino, está se
deslocando ao sul daquele país, em direção ao Uruguai, conforme a previsão
inicial. "De acordo com os dados meteorológicos para a região Sul do
Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável - até o presente
momento - que a nuvem avance em território brasileiro", disse a pasta em
nota.
Segundo
o ministério, o grupo de trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos
Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) permanece
mobilizado, assim como as equipes técnicas das Superintendências Federais de
Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como as unidades de
vigilância agropecuária do Ministério localizadas na fronteira com o Rio Grande
do Sul.
"Com
base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção
para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas
favoráveis ao deslocamento da nuvem de gafanhotos para o nosso país. O
deslocamento da nuvem de gafanhotos pode ser acompanhado por meio de mapas
atualizados pelas autoridades argentinas, no link geonode.senasa.gob.ar/maps/1806
Ainda
conforme a Agricultura, Desde 2015, a formação de nuvens desses insetos na
Bolívia, Paraguai e Argentina tem sido relativamente freqüente. "Em
virtude destes registros, o Mapa está, entre outras medidas, trabalhando na
elaboração de um manual de orientações de ações de controle da praga,
direcionado aos produtores rurais e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária
e de extensão rural."
Diversos
fatores podem originar o aumento das populações de gafanhotos, como climáticos
(temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica acumulada),
assim como predadores, parasitóides e doenças, explica a pasta.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA