Em comunicado, o instituto assegura que o anticorpo desenvolvido ataca e neutraliza o vírus nas pessoas doentes. (Foto: Pixabay) |
As
informações foram apresentadas pelo professor José Soares de Andrade Júnior, do
Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará e cientista-chefe da
Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap)
em parceria com o governo estadual. Segundo ele, é possível ver que o primeiro
decreto, de 19 de março, achatou a curva, mas o crescimento ainda é
exponencial, principalmente, nas últimas duas semanas.
Ele
analisa que a doença apresenta quatro fatores que têm influenciado no rápido
crescimento dos números. Eles seriam, a existência de pessoas assintomáticas,
que ou não têm sintomas ou os apresenta de forma leve, a alta eficiência de
contágio, o grande tempo de incubação, que pode variar de 7 a 14 dias, e alta
mobilidade entre as pessoas. Com isso, o cientista afirma que a pandemia seria
"sem precedentes, invisível e silenciosa".
No
modelo de pesquisa analisado, características da população como idade,
comorbidade, mobilidade urbana e, agora, IDH são percebidas e consideradas.
"Nós estamos observando isso, não mais um modelo linear e isso aconteceu
pela explosão dos casos, especialmente letais, em outras regiões de Fortaleza e
no interior do Estado", afirmou o cientista.
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anuncia novo pacote de medidas contra a Covid-19
O
número de casos e mortes que ainda em esperam do resultado podem aumentar ou
diminuir essa estatística. Em Fortaleza, como apresentado na mesma reunião,
tem 1264 pessoas esperando resultado de Covid-19, mas a taxa de
positividade está em 72%. Diante dos números, o professor defende medidas mais
duras para conter o avanço. " O lockdown se
vê necessário especialmente na cidade Fortaleza nesse momento", completou
o Soares.
Ainda não é
possível prever o pico da doença
Com
os sistemas de saúde tanto privado quando público no limite ou próximo dele, o
pico, ou momento mais crítico tem preocupado. Previsões anteriores apontavam o final
de abril como esse período, mas ainda não se concretizou, segundo os
especialistas. José Soares ressalta que não ser possível, agora, prever esse
pico, porque, com as medidas mais restritivas do novo decreto, as
circunstancias foram alteradas.
"O
que nós sempre tentamos fazer é achatar o pico dentro de um determinado
contexto de isolamento social, cada vez que isso fica mais restritivo, mais
achatado e mais próximo esse pico se torna', afirmou ele.
O Povo