O
estudo, que é ainda preliminar e tem de ser revisto por outros especialistas,
sugere que a quantidade de anticorpos gerados é independente da idade, género
ou gravidade da doença. Outro estudo feito na China com 175 infectados
indica que os pacientes com sintomas mais graves produzem mais anticorpos.
Os
especialistas norte-americanos admitem que os doentes alcancem o pico da
produção de anticorpos cerca de 15 dias depois do aparecimento de sintomas e sugerem
que é apenas nessa altura que se devem realizar os testes de imunidade. Essa
poderá ser a razão pela qual outros estudos, desenvolvidos precocemente, não
detectaram anticorpos nos pacientes.
A
quantidade de anticorpos de um paciente está relacionada à capacidade do plasma
para neutralizar o vírus, de acordo com o estudo do hospital de Nova York,
publicado na revista Nature Medicine. Por essa razão, o plasma
dessas pessoas pode vir a ser um dos tratamentos possíveis para outros
pacientes.
Em
Portugal já começou a colheita de plasma de doentes recuperados para ser usado
em ensaios clínicos. Os testes desenvolvidos no Hospital Mount Sinai, em Nova
York, foram aprovados pela agência federal FDA e tinham menos de 1% de hipótese
de produzir falsos resultados positivos, com elevado grau de confiabilidade.
Os
especialistas explicam que os anticorpos se unem à proteína S, que o vírus
utiliza para entrar nas células humanas, evitando assim que surjam reinfeções.
Frisam, porém, que falta determinar a quantidade de anticorpos necessária para
que haja imunidade e se eles têm a capacidade neutralizadora suficiente.
O
estudo de Nova York é o mais amplo realizado até agorato, contando com a
participação de grande número de pacientes e utilizando o mais sensível teste a
anticorpos disponível.
Agência Brasil