O
Elmo é a promessa para desafogar as UTIs, que já estão saturadas de pacientes
com Covid-19. Outra vantagem é o baixo custo, que garante facilidade de
produção em larga escala. Enquanto uma máquina de ventilação mecânica custa em
média R$ 70 mil, o capacete respirador sai a um custo de cerca de R$ 300,00 a
unidade. O modelo segue um tipo adotado em países da Europa, como a Itália, que
teve bons resultados, com redução da necessidade de aparelhos de ventilação
mecânica em cerca de 60%. O equipamento pode ainda ser desinfectado e
reutilizado.
O
capacete é capaz de reduzir a necessidade de respiradores pulmonares
artificiais pois trata-se de uma oxigenoterapia do paciente que inala oxigênio
puro e não re-inala o CO2 produzido, que tampouco é expelido no ambiente,
evitando a contaminação dos demais.
O
professor Jorge Soares, diretor de inovação da Funcap, explica que foram feitos
testes adicionais em dois protótipos do Elmo: um de base rígida e outro de base
flexível. “Os resultados seguem animadores e, com o protótipo
definido, a avaliação clínica em pacientes com insuficiência respiratória deve
vir nos próximos dias. Com esta sequência e os devidos trâmites na Anvisa e
INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), ganha-se a confiança necessária
para a produção em larga escala. É um orgulho para o Ceará",
avalia.
A
partir de agora, o Elmo será submetido a testes finais de usabilidade em
voluntários. O processo ocorrerá em curto prazo e deve ser finalizado nas
próximas semanas. A avaliação a partir do manuseio pode resultar em pequenos
ajustes, se reportado por usuários em testes, mas o conceito do protótipo foi
concluído. “Diferentes pessoas vão testar o Elmo para avaliar a
ergonomia, mas é certo que se utilizado hoje o equipamento cumpriria com a
finalidade de dar suporte ventilatório necessário”, destaca o engenheiro
eletricista, especialista em engenharia clínica pela ESP, David Guaribara.
Em
seguida, o modelo cearense será avaliado pela Comissão de Ética e Pesquisa da
ESP/CE para entrar em ensaio clínico, isto é, teste em pacientes com
insuficiência respiratória pela Covid-19, no Hospital Leonardo da Vinci,
requisitado pelo Governo do Ceará para dar suporte aos pacientes no estado. A
fase é necessária para iniciar a produção definitiva do capacete cearense.
Paralelo a isso, a equipe já trabalha com o registro do Elmo junto a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O equipamento é produzido em força-tarefa que envolve Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde, Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), além da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), e ainda Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade de Fortaleza (Unifor).
O equipamento é produzido em força-tarefa que envolve Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde, Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), além da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), e ainda Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade de Fortaleza (Unifor).
CNEWS