"Ministro
Teich saiu por questões de foro íntimo. Conversou hoje com o presidente, uma
conversa amigável, conversou comigo e outros ministros, sem problema nenhum.
São posições diferentes, o presidente não ignora a ciência, ele segue os
protocolos. Ele tem uma visão diferente de qual é o protocolo a ser
seguido", afirmou.
Segundo
o ministro, Bolsonaro tem defendido um isolamento social menor como forma de
garantir a retomada da economia, e que presidente combate apenas o que ele
chamou de "excessos" na abordagem sobre a pandemia.
"O
presidente não é contra o isolamento, ele é contra aquele isolamento que vai
gerar desemprego e fome lá na frente", acrescentou.
É
a segunda troca no comando do Ministério da Saúde em menos de um mês. Antes de
Teich, o então ministro Luiz Henrique Mandetta também divergiu com presidente
Jair Bolsonaro sobre os caminhos para o combate à pandemia do novo coronavírus
no país, como as medidas de isolamento social e o uso da hidroxicloroquina no
tratamento de pacientes.
Durante
a coletiva, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou
que, apesar da saída do ministro, todo o corpo técnico do Ministério da Saúde
segue trabalhando normalmente.
"Vai
lá no Ministério da Saúde, tem homens e mulheres até meia noite, uma hora da
manhã, dando tudo de si para tentar ajudar o Brasil. Isso não vai mudar. O
general Pazuello, que a gente conhece, vai ficar interino e está tocando o
ministério", afirmou. O general Eduardo Pazuello, secretário-executivo da
Saúde, seguirá como ministro interino na pasta até o presidente Bolsonaro
decidir pelo substituto de Teich. Ele também é cotado para assumir a pasta de
forma definitiva.
Agência Brasil