Portas fechadas: pandemia de coronavírus vem provocando paralisações e quarentenas em todo o mundo (Amanda Perobelli/Reuters) |
O
IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve queda de
9,4 pontos em março sobre o mês anterior, atingindo 82,6 pontos, menor leitura
desde junho de 2016.
“O
resultado de março mostra os primeiros efeitos da pandemia de coronavírus na
perspectiva sobre o mercado de trabalho. Essa foi a segunda maior queda da
série histórica, ficando atrás apenas da ocorrida na crise de 2008-09. O cenário
negativo deve persistir nos próximos meses, considerando o crescente aumento de
incerteza no país”, explicou em nota o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler.
O
Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o
mercado de trabalho, registrou alta de 0,6 ponto no mês de março, para 92,5
pontos. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja,
quanto menor o número, melhor o resultado.
“Os
efeitos do coronavírus ainda não geraram impacto significativo nos consumidores
em março, considerando que as medidas de isolamento foram tomadas a partir do
dia 15”, disse Tobler, mas acrescentou que, à medida que os efeitos da pandemia
se mostrarem mais claros, o ICD pode sofrer pioras mais acentuadas.
A
pandemia de coronavírus vem provocando paralisações e quarentenas em todo o
mundo, fechando comércios e indústrias no Brasil e mantendo pessoas dentro de
casa, o que causa preocupações em torno do desemprego no país e o desempenho da
atividade econômica.
Exame