A
empresa cearense do ramo alimentício J. Macêdo é uma
das empresas idealizadoras do movimento “#NãoDemita”. A ação busca
incentivar empreendedores a não demitirem funcionários pelo menos pelos
próximos dois meses, neste período acentuado de crise em comércios e
setores de produção e serviços em decorrência da suspensão das atividades por
causa da pandemia de Covid-19.
Dentre
as empresas que já aderiram a campanha estão: Lojas Renner,
Magazine Luiza, Microsoft, Porto Seguro, MRV Engenharia, Natura e IFood.
No total, são 68 companhias de atuação nacional e regional favoráveis à
campanha. As empresas podem aderir ao movimento pela internet, realizando um
cadastro no site oficial.
Com
os slogans: “Esta crise tem data para acabar, faça sua parte”, “Não podemos
ignorar nossa responsabilidade”, dentre outros, o movimento é um manifesto que
busca convencer os empregadores a acharem soluções que não seja a demissão em
massa de funcionários para lidar com os prejuízos econômicos advindos da
situação de pandemia.
A
carta de posicionamento dos donos de empresas, sejam grandes ou pequenas,
assume que neste momento, com a paralisação de grande parte dos setores
produtivos em decorrências das medidas restritivas ao novo coronavírus, a
responsabilidade dos empresários é de manter os empregos. “Mantendo nossos
quadros ajudaremos a evitar ou minimizar um possível colapso econômico e
social”, afirma parte da carta.
O
manifesto continua, argumentando “de empresário para empresário”, que demitir
um funcionário gera um gasto imediato, em muitos casos bem maior do que
assegurar o salário destes por mais dois meses. Outro argumento levantado é o
da criação de linhas de crédito e isenção de impostos disponibilizados pelo
Governo Federal para que os empresários evitem demissões. “Nossa maior
responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários”, assinam as até
agora 68 empresas.
A
carta continua e pede ainda para aqueles empresários que possuem força
financeira, ajudem as pessoas das comunidades ao redor de suas empresas, em especial
os trabalhadores informais e independentes. “Eles também ajudam a levar o nosso
país para frente, mas neste momento não podem sair de casa para lutar pela
sobrevivência”, complementa outro trecho da carta.
O Povo
O Povo