Um
estudo publicado, nesta segunda-feira (2), pelo Jornal O Globo, mostra que, com
a falta de dinamismo econômico e o envelhecimento da população, em muitos
municípios os recursos pagos pelo INSS têm adquirido uma importância cada vez
maior. No Ceará, mais de um milhão de pessoas recebem benefícios
previdenciários.
Segundo
os levantamentos, em 2010, quando o PIB registrou alta de 7%, os benefícios
pagos pelo INSS — como aposentadorias, pensões, auxílio-doença e BPC/Loas, pago
a idosos e deficientes de baixa renda — representaram mais de um quarto de tudo
o que foi produzido em 487 municípios. Em 2010, os benefícios previdenciários
correspondiam a 6,3% de tudo o que é produzido no país. Em 2018, já equivaliam
a 8%.
A
dependência do INSS está concentrada nas cidades com até 50 mil habitantes,
cuja principal atividade econômica é a administração pública, e está
majoritariamente no Nordeste. Das 184 cidades do Ceará, 78, pelo menos, tem na
renda das aposentadorias e pensões uma das principais de movimentação da
economia local.
Há,
porém, um dado que chama a atenção e provoca certamente baque para o comércio
das pequenas cidades: a maior parte da renda dos benefícios do INSS no Ceará é
retida com empréstimos consignados, o que gera – vamos dizer, assim, um
verdadeiro desfalque na economia dos municípios, principalmente, das pequenas
cidades.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA