A
corrida do brasileiro ao supermercado para fazer estoques de alimentos e itens
de higiene e limpeza por causa da epidemia do novo coronavírus já provoca a
falta de alguns produtos nas lojas, especialmente de mercadorias básicas. O
índice de falta de itens nas prateleiras dos supermercados chegou a 11,3% no
último sábado em cerca 20 mil lojas espalhadas pelo País, segundo pesquisa,
obtida pelo Estado, feita pela Neogrid, empresa de tecnologia que monitora os
pedidos do varejo para indústria.
Ele
frisa que não há desabastecimento no varejo e que o que existe é um descompasso
entre a velocidade de vendas nas lojas e a logística para transferir os
estoques dos centros de distribuição para os pontos de venda de itens mais
procurados neste momento. “Grandes varejistas fizeram a lição de casa e
aumentaram as compras da indústria. O problema é que leva tempo para entregar o
produto no centro de distribuição e depois fazer a entrega na loja”, diz
Munhoz, da Neogrid.
Um
recorte especial da pesquisa mostra que de uma cesta de 28 itens mais vendidos
e mais escassos, o antisséptico para mãos foi o campeão: as vendas cresceram
630,5% em março. No mesmo período, as vendas de álcool aumentaram 322,7% e a
escassez do produto nas prateleiras beirava também a 30% no fim de semana.
Alimentos básicos como leite em pó, longa vida, açúcar e massas também estão na
lista dos mais procurados e que enfrentam escassez.
A VOZ DE SANTA QUITÉRIA