Nos
últimos dias, o 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), localizado no bairro
Antônio Bezerra, esteve ocupado por centenas de policiais militares amotinados.
Agora, conforme a Polícia Militar do Ceará (PMCE), a sede do 18º BPM será
transferida para outro local e o espaço será usado para ampliar Escola de
Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Bezerra de Menezes, localizada ao lado do
quartel e que também foi ocupada durante o motim.
De acordo com informações
apuradas pelo G1, o atual prédio do batalhão será demolido.
Conforme uma fonte oficial da Polícia Militar, as obras da demolição já devem
começar nos próximos dias.
Provisoriamente, o quartel terá
como sede o Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde,
atualmente, há uma Base Móvel da PMCE.
Já a UFC informou “que não há
registro de solicitação de transferência do 18º Batalhão ou de qualquer outro,
para os campi da instituição”.
Durante os 13 dias de paralisação
de grupos de policiais militares, o 18º BPM foi cercado por viaturas com pneus
furados ou secos. O acesso ao local foi dificultado devido à centenas de carros
estacionados e espalhados em, pelo menos, quatro ruas dos entornos. A escola
também foi ocupada e os alunos ficaram sem aulas.
No
último dia 29 de fevereiro, a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc)
enviou um ofício solicitando apoio do Exército brasileiro para garantir a
retomada regular das aulas, porque a escola estava ocupada por amotinados.
Durante o motim, a escola José Bezerra de Menezes "teve o cadeado da
entrada de acesso à escola arrombado e foi invadida", conforme a
Secretaria da Educação.
A 10ª Região Militar chegou a
emitir nota afirmando que as ações da Operação Mandacaru não incluíam
reintegração de posse.
Na
segunda-feira (2), horas após o fim da paralisação, a EEFM foi desocupada pelos
militares. As aulas na Escola José Bezerra de Menezes foram retomadas na
terça-feira (3). A Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor)
informou que realizará uma reunião com a Escola José Bezerra de Menezes para
definir o calendário de reposição das aulas.
Na paralisação da PM registrada
no fim do ano de 2011 e início 2012, o batalhão no Antônio Bezerra também foi o
epicentro do motim. Na época, o local abrigava a 6ª Companhia do 5º Batalhão.
G1 CEARÁ