Um conceito mais abrangente de família, incluindo casais de pessoas do mesmo gênero, só foi reconhecido pelo STF em 2015, possibilitando a adoção por estes casais.
Foto: Kid Junior |
Em
todo o Nordeste, foram 896 enlaces formalizados entre mulheres, no ano passado.
Do total, 212 aconteceram no Ceará, estado que deteve o segundo maior número
entre os nove da região. O primeiro foi Pernambuco, com 260 uniões. Em relação
a 2017, quando foram registrados 125 casamentos homoafetivos entre mulheres em
território cearense, o aumento é de 69,6%.
A
Região Nordeste, aliás, também é vice-líder nessa
estatística, e os 896 casamentos realizados entre mulheres no ano de 2018
representam um aumento de 92% se comparados à quantidade de uniões de 2017,
quando foram formalizadas 466 uniões homoafetivas entre lésbicas e bissexuais.
Os
homens LGBTI+ também apareceram mais entre as uniões
civis formalizadas no Ceará: em 2018, foram 118 casamentos, um crescimento de
28% em relação ao ano anterior, quando 92 casais homoafetivos efetivaram a
união legalmente. Entre eles, o território cearense também ocupa segundo lugar
no ranking, já que Pernambuco teve 131 casamentos entre homens, ano passado.
Em
relação a esse indicador, a Região Nordeste ocupa a terceira posição, com um
total de 541 casamentos registrados em 2018. Se comparado a 2017, o valor é
74,5% maior (foram 310 uniões entre homens, naquele ano).
O
direito à união estável entre casais homoafetivos foi reconhecido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) em 2011, por unanimidade. Em 2013, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obrigou cartórios a
firmarem os casamentos civis, e o Ceará foi o oitavo estado brasileiro a
converter as uniões estáveis em civis. Um conceito mais abrangente de família,
incluindo casais de pessoas do mesmo gênero, só foi reconhecido pelo STF em
2015, possibilitando a adoção por estes casais.
Diário do Nordeste